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esperar através do espelho
a onda que ferve no fundo do mar
esperar atravessar a pele
fogo que pinta o coral
na tentativa e erro
de mover-se feito areia
fina brutal
fecho os olhos nos silêncios
e escuto as penas que tecem teu rosto
enquanto danço na curva da tua orelha
a canção mais livre
perdida nas retas
isósceles
de linhas perfeitas
do teu pescoço ao ombro
de um ombro ao outro
do outro de volta
mergulho em teu contorno
como a flor enverga
ao te notar nuvem
é pro céu que as rosas olham
e apontam seu perfume
é pra ti que as rosas olham
e procuram o chão.