1
Dono da Riachuelo será julgado em 14 de maio por injúria, difamação e coação
27 de abril de 2018

00:00
00:00
O juiz da 2ª vara federal Walter Nunes marcou para 14 de maio o julgamento da ação penal contra o dono das lojas Riachuelo e pré-candidato à presidência da República Flávio Rocha (PRB). O empresário está sendo processado pelo Ministério Público Federal por injúria, difamação e coação no curso do processo no episódio envolvendo a procuradora do Trabalho no Rio Grande do Norte Ileana Neiva Mousinho.
Os crimes pelos quais Flávio Rocha está sendo acusado estão relacionados à ação por danos morais ajuizada em 2017 pelo Ministério Público do Trabalho contra a Guararapes Confecções S/A. O MPT acusa a empresa de descumprir vários itens da legislação trabalhista na contratação de facções de costura no interior do Rio Grande do Norte, incluídas no programa Pro-Sertão, criado pelo Governo do Estado. O MPT cobra R$ 38 milhões da empresa na Justiça.
As investigações sobre a relação que a Guararapes mantém com facções de costura via Pro-Sertão foram coordenadas por uma força-tarefa da Procuradoria-geral do Trabalho formada por 10 membros do MPT. No entanto, Flávio Rocha concentrou toda sua ira para a procuradora Ileana Mousinho.
Através das redes sociais, o dono das lojas Riachuelo atacou Ileana ao chamá-la, entre outros adjetivos, de “louca”, “perseguidora” e “exterminadora de empregos”. O empresário também chegou à sugerir a saída da procuradora do MPT e que ela tinha interesse em beneficiar concorrentes da Guararapes.
A denúncia por injúria, difamação e coação no curso do processo é assinada pelos procuradores federais Maria Clara Lucena Brito, Ronaldo Sérgio Chaves Fernandes, Marina Romero de Vasconcelos, Fernando Rocha de Andrade, Victor Manuel Mariz e Rodrigo Telles de Souza.