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Vigília Lula Livre sofre atentado em Curitiba um mês após ataque à caravana
28 de abril de 2018

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Um mês após a caravana do ex-presidente Lula ser alvejada com dois tiros no interior do Paraná, o acampamento de vigília ao ex-presidente em Curitiba sofreu um atentado. O ataque ocorreu na madrugada de sábado (28), por volta das 4h. Em nota, o PT afirmou terem sido disparados mais de 20 tiros. O acampamento Marisa Letícia foi armado na rua Padre João Wislinski, no bairro Santa Cândida, onde dormem integrantes da vigília Lula Livre
O militante Jeferson Menezes levou um tiro no pescoço e foi encaminhado para a UTI do hospital do Trabalhador. Uma mulher grávida foi atingida por estilhaços provocado por outro tiro que acertou um banheiro químico.
A polícia esteve no local, colheu depoimentos, recolheu cápsulas de pistola calibre 9 milímetros. A secretaria de Segurança Pública do Paraná informou, segundo as primeiras informações, os disparos foram efetuados por uma pessoa a pé. Um inquérito foi aberto para apurar o caso.
A informação de pessoas que estavam no acampamento aponta que havia movimentação de pessoas passando em frente ao local e gritando palavras de ordem a Jair Bolsonaro, deputado federal e pré-candidato à presidência da República.
Após o atentado, militantes fecharam a rua e queimaram pneus, mas já voltaram para o acampamento Marisa Letícia.
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Manifestantes acampados na vigília queimaram pneus e trancaram a rua próxima ao acampamento após o atentado foto: Neudicleia de Oliveira/ Brasil de Fato[/caption]
Um dos coordenadores nacional do MST Roberto Baggio, que está na vigília, afirmou que o acompamento seguirá resistindo no local, apesar do ataque.
- Essa violência é mais uma iniciativa da elite golpista, conservadora e branca, curitibana e brasileira, que é responsável pelo período de violência e de crise social e política, que eles produziram com o golpe. Isso é parte do caos que eles produziram na política e na economia. Mantemos nossa capacidade enquanto luta popular, de manter resistência, de fazer vigília e ser solidário ao Lula até sua liberdade.
A Executiva Nacional do PT afirmou, em nota, que o atentado ao acampamento é mais um crime político sofrido após o golpe que afastou Dilma Rousseff da presidência da República.
- Depois do golpe de Estado que derrubou a presidenta democraticamente eleita Dilma Rousseff, aumentaram os ataques e assassinatos contra lideranças sociais no campo e na cidade. E, junto, segue uma inaceitável omissão conivente das autoridades e da mídia golpista que silencia ante a barbárie crescente. O assassinato da vereadora Marielle Franco no Rio de Janeiro continua impune. O mundo inteiro conhecerá mais um crime político que se cometeu no Brasil depois do golpe. O Partido dos Trabalhadores exige punição imediata dos criminosos.
