Comunicação do Governo pode levar Robinson a responder por improbidade
Natal, RN 30 de nov 2023

Comunicação do Governo pode levar Robinson a responder por improbidade

20 de maio de 2018
Comunicação do Governo pode levar Robinson a responder por improbidade

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A Assessoria de Comunicação do Governo do RN está tão engajada no projeto de reeleição do governador Robinson Faria que vem passando por cima de um princípio básico da Administração Pública: o princípio da impessoalidade. Há alguns meses, as obras e projetos do Governo deixaram de ser uma ação do poder Executivo e viraram praticamente um favor de Robinson ao povo do Rio Grande do Norte. Todos os releases (textos com informações enviados à imprensa) enfatizam, em primeiro lugar, o nome de Robinson Faria. É o governador quem faz, e não o Governo. O último deles, enviado sábado (19), é uma pérola: "Governador garante obras de infraestrutura e habitação para Areia Branca e região" A mudança, estratégica, começou quando o governador trocou a jornalista Juliska Azevedo pelo publicitário Pedro Rattis, proprietário da agência Ratts Ratis.  A Assecom, aliás, virou praticamente uma agência de publicidade.   O problema é que, ao trocar o Governo pelo governador, a Assecom pode levar o Chefe a responder pelo crime de improbidade administrativa. O artigo 37 da Constituição Federal afirma que a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Já a lei de improbidade administrativa destaca que a violação a qualquer desses princípios acarreta ato de improbidade administrativa, seja por ato do servidor público ou do agente político, como previsto no artigo 11 da Lei nº 8.429/92, sendo certo, ainda, que, ocorrendo prejuízo ao erário público, haverá também a aplicação conjunta do disposto no artigo 10 da mesma Lei. Pelo menos por enquanto, o Ministério Público faz vista grossa.
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