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Pedido da PGR para investigar Robinson será pautado só após julgamento das contas
3 de maio de 2018

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A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa só vai se pronunciar sobre o pedido de investigação feito pela Procuradoria geral da República sobre a denúncia de crime de responsabilidade da qual o governador Robinson Faria é acusado após o julgamento das contas de 2016 pela Casa. Até lá, apenas trâmites burocráticos internos terão prosseguimento.
Em entrevista à agência Saiba Mais por telefone, o presidente da CCJ Disson Lisboa (PSD) afirmou que não vê sentido dar prosseguimento ao processo sem saber o que o plenário vai decidir sobre o parecer do Tribunal de Contas do Estado, que rejeitou por unanimidade as contas de 2016.
O relator do processo é o deputado estadual José Dias (PSDB), padrinho de um dos filhos do governador.
Na quarta-feira (2), a procuradoria da AL sugeriu o arquivamento do pedido da PGR por não enxergar uma denúncia formal na representação. Ainda assim, o presidente da Casa Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB) encaminhou a documentação para a CCJ.
Líder do Governo na Assembleia Legislativa, Disson Lisboa afirmou que a CCJ vai seguir os trâmites normais. Questionado se a tendência é arquivar o processo, seguindo orientação da procuradoria, ele negou:
- A procuradoria sugeriu o arquivamento, mas o presidente preferiu encaminhar para a CCJ. Não temos intenção de fazer nenhum arquivamento. Vamos receber na terça-feira, quando tem reunião da comissão, e solicitar informações à comissão de finanças para saber como está o processo, a questão das relatorias, e pedir as diligências. Após as diligências, a gente passa para a relatoria. Mas só depois que o plenário decidir sobre esse processo (das contas de 2016 da atual gestão) é que a comissão de Constituição e Justiça vai se pronunciar.
Além de Disson Lisboa (PSD), a CCJ é formada pelos deputados Larissa Rosado (PSDB), Albert Dickson (PROS), Nelter Queiroz (MDB), George Soares (PR) e José Adécio (DEM).