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A palavra é reciprocidade. Para atrair aliados e fortalecer a candidatura de Geraldo Alckmin à presidência da República, o PSDB nacional negociou apoios a palanques políticos nos Estados com DEM, PP e PSD.
Os tucanos fecharam apoio ao DEM na Bahia, Pará e Amapá; ao PP no Paraná e no Acre; e ao PSD no Amazonas e no Rio Grande do Norte.
Controlado pelo presidente da Assembleia Legislativa Ezequiel Ferreira de Souza e pelo deputado federal Rogério Marinho, o PSDB potiguar seguirá o projeto de reeleição de Robinson Faria (PSD).
Em troca, o PSD de Robinson Faria terá que defender a candidatura à presidente de Geraldo Alckmin no Rio Grande do Norte.
Foi o que ficou acertado nas negociações entre a cúpula nacional dos dois partidos.
Porém, dificilmente os eleitores vão ver Robinson pedindo votos abertamente ao tucano Alckmin.
Refém da crise da Segurança Pública no Estado e sem conseguir pagar o salário dos servidores há 25 meses consecutivos, Robinson perde mais eleitores se declarar apoio a um candidato à presidente sem prestígio no Nordeste.
Na atual realidade do Estado e do país, ninguém sabe quem perde mais: se Alckmin declarando apoio a Robinson ou Robinson declarando apoio a Alckmin.
Em maio, em pesquisa divulgada pela FIERN/Certus, Geraldo Alckmin obteve menos de 1% da preferência do eleitorado potiguar.
Na mesma pesquisa, Lula foi apontado como o preferido dos potiguares com 40% das intenções de votos, seguido de Jair Bolsonaro (7,7%), Ciro Gomes (2,98%) e Marina Silva (2,91%).