Lara Bianck: “Sou transfeminista e minha candidatura representa a luta pela resistência”
Natal, RN 25 de abr 2024

Lara Bianck: “Sou transfeminista e minha candidatura representa a luta pela resistência”

28 de setembro de 2018
Lara Bianck: “Sou transfeminista e minha candidatura representa a luta pela resistência”

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Mulher trans, feminista, jovem e candidata a deputada estadual pelo PSOL, Lara Bianck é a única com esse perfil no Rio Grande do Norte a disputar as eleições de 2018. A santa-cruzense milita pelas causas dos LGBTs desde 2013, quando fundou a Atreva-se, ONG da qual é presidente licenciada e que visa a promoção de travestis e transexuais por meio da cultura e acesso a saúde e educação.

Em 2015, resolveu se filiar ao partido para no ano seguinte disputar vaga na Câmara Municipal de Santa Cruz e agora espera chegar à Assembleia Legislativa do RN.

Lara Biancl é a terceira entrevistada da série "Me Representa", que agência Saiba Mais faz com candidatos ao parlamento estadual e federal do campo progressista.

Confira entrevista:

Saiba Mais: Quando e por que você entrou na política?

Lara Bianck: Eu entrei na política a partir do momento em que comecei a obter destaque nos movimentos sociais no ano de 2015.

SM: Fale um pouco sobre você, estudos, trabalho, atuação política.

LB: Eu tenho 27 anos de idade. Ainda moro com meus pais e estudo Gestão de Políticas Públicas na Unopar de Santa Cruz/RN. Sou designer de interiores, trabalho com decoração de ambientes e festas comemorativas. Desde 2011 milito nos movimentos sociais em defesa dos direitos humanos dos LGBTs e segmentos de minorias. Com o passar do tempo comecei a ganhar mais espaços e visibilidade nos movimentos de luta social e adentrei na política partidária me filiando ao PSOL no ano de 2015. Em 2016 participei da disputa eleitoral para vereadora no município de Santa Cruz.

SM: Quando você se descobriu transgênero e como foi a aceitação da família e da sociedade?

LB: Eu me descobri como transgênero aos 20 anos de idade. A aceitação da minha família com relação a minha identidade de gênero veio com o passar do tempo.

SM: Quais suas principais referências políticas?

LB: Minhas referências políticas em nível nacional são Jean Wyllys e Luciana Genro. E em nível estadual, Amanda Gurgel e Sandro Pimentel.

SM: Algumas correntes questionam o transfeminismo por alegarem que mulheres trans foram socializadas como homens ao menos durante a infância. Você se sente aceita nos movimentos de mulheres?

LB: Sou transfeminista. Sou feminista mesmo sendo trans, que nasceu biologicamente de determinado sexo e se identificou com outro desde a infância e a adolescência. Eu sempre demostrava atitudes femininas. Sim, me sinto aceita dentro do movimento feminista, porém ainda há muita resistência com relação a determinadas pautas e posicionamentos do movimento feminista no que se refere às demandas específicas das mulheres transexuais.

SM: O que representa sua candidatura nesse momento tão crítico de disseminação de ideias fascistas?

LB: Minha candidatura nesse momento representa a luta pela resistência e avanços das políticas públicas LGBTs e diversas outras políticas da população em geral que necessitamos ocupando esses espaços.

Lara Bianck é transfeminista

SM: O que o eleitor pode esperar de sua atuação na Assembleia Legislativa?

LB: Eleitores(as) podem esperar da minha atuação competência e dedicação aos trabalhos e pautas que levarei adiante como representante política da população do RN.

SM: Quem pode se sentir representado(a) por Lara Bianck? 

LB: Pessoas LGBTs, mulheres, negros, grupos e segmentos de minorias. A população em geral que tem um sentimento de necessidade de mudança e renovação com pautas que atendam aos anseios de urgência da população.

SM: #EleNão. E quem merece o #Sim de Lara nessas eleições?

LB: O #Sim de Lara Bianck nessas eleições irá para todos e todas aqueles e aquelas que representam lutas importantes na sociedade em prol dos direitos sociais tais como: deputado federal Danniel Morais, deputada estadual Lara Bianck, senadora Telma Gurgel, senador Professor Laison, governador Carlos Alberto e presidente Guilherme Boulos.

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