Eleitores apáticos de Robinson podem garantir vitória de Fátima no 1º turno
Natal, RN 24 de abr 2024

Eleitores apáticos de Robinson podem garantir vitória de Fátima no 1º turno

3 de outubro de 2018
Eleitores apáticos de Robinson podem garantir vitória de Fátima no 1º turno

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Faltando quatro dias para a eleição, as posições na corrida para o Governo do Estado parecem mais que definidas, segundo todas as pesquisas: A senadora Fátima Bezerra (PT) em primeiro e inalcançável lugar; o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) tranquilo em segundo e o governador Robinson que tenta uma improvável reeleição, em terceiro. Os demais fazem figuração com um dígito ou zero virgula alguma coisa.

A grande expectativa e o real suspense desta eleição para o Governo é se Fátima vence no primeiro turno ou se haverá um segundo turno, provavelmente, como já foi dito, contra Carlos. Todas as pesquisas apontam que a definição de segundo turno ou não passa por pouquíssimos pontos percentuais.

Duas pesquisas foram divulgadas nesta terça-feira.  A pesquisa Perfil/Agora RN mostrou Fátima com 33,1%, Carlos com 23,43% e Robinson apresentando 8,4%, com margem de erro de 2,61%. Nesta conta, Fátima estaria a 1,36% da vitória do primeiro turno. Somando, claro, apenas os votos válidos.

Na pesquisa Consult/98 FM/Blog do BG, Fátima apareceu com 36%, Carlos Eduardo com 24,%, e Robinson ostentou 11.4%. Excetuando brancos e nulos e indecisos,  Fátima com 47,9% dos votos válidos, ficando a 3,1% de uma vitória no primeiro turno.

Com percentual tão baixo de votos podendo definir a eleição no primeiro turno ou, justamente gerando um segundo turno, é certo dizer que a abstenção poderá definir o resultado. A partir daí podemos especular qual o eleitorado em potencial poderá não votar, o que sempre beneficia o primeiro colocado nas pesquisas de maneira geral e às vezes de maneira bem específica.

É certo também dizer que os eleitores de Fátima, ansiosos pela vitória em turno único irão em massa para as urnas, chova ou faça sol. Os de Carlos, na esperança de empurrar a um segundo turno e uma eleição totalmente nova, também.

Mas, e os eleitores de Robinson, essa margem entre 8% e 11% do total, número muito baixo para um governador em pleno exercício do mandato, qual será o ânimo deles e delas para se dirigirem às secções eleitorais e confirmarem o voto em Robinson?

É possível pensar que alguns eleitores de Robinson optarão pelo voto útil em Carlos, por não quererem Fátima Bezerra no Governo.

Mas outros, os mais desencantados e céticos, poderão justamente votar em Fátima para que "acabe logo essa eleição" em um só turno.

Porém, a probabilidade maior é parte do eleitorado que nas pesquisas garante voto em Robinson sequer chegar perto da urna e preferir pagar uma multa irrisória. Seja pelo desânimo da campanha, ainda mais depois da participação esquisita no debate final, da InterTv Cabugi, seja pelas intempéries ao longo do Governo, como os salários atrasados do funcionalismo ou a crise na segurança.

Se 25% do eleitorado de Robinson optar por ficar em casa ou curtir uma praia no domingo em vez de votar, Fátima tem imensas chances de ser eleita em primeiro turno.

Cabe a Robinson ao menos "mostrar serviço" nessa reta final e convencer seu eleitor a nem praticar o "voto útil" em Carlos contra Fátima e nem ficar em casa.

Tarefa difícil para quem amarga índices recordes de desaprovação. Mas, a esperança é a última que morre.

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