Bolsonaro não desce do palanque eleitoral (os desafetos de Fátima Bezerra também não)
Natal, RN 28 de mar 2024

Bolsonaro não desce do palanque eleitoral (os desafetos de Fátima Bezerra também não)

14 de novembro de 2018
Bolsonaro não desce do palanque eleitoral (os desafetos de Fátima Bezerra também não)

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Como todos sabemos, com a eleição em 2º turno para presidente no dia 28 passado, a campanha eleitoral terminou, tendo como resultado a escolha do deputado federal há 28 anos Jair Bolsonaro para presidente, mesmo com todos os deméritos (racista, misógino, machista, homofóbico, etc). Bem, seja como for, sabemos todos, disso, que a campanha terminou e os palanques tem de ser desmontados. Todos sabemos disso, menos o próprio presidente eleito.

Parece claro que Bolsonaro ainda está em campanha. Não fala como um presidente eleito, como alguém que vai administrar o país pelos próximos quatro anos. Ele ainda se comunica como candidato. Fala para sua plateia, seu eleitorado. Em entrevistas coletivas continua um desastre. Prefere os vídeos e mensagens em redes sociais, sempre se comunicando para seu "eleitorado", tanto literal como metaforicamente. Em suma, continua em cima do palanque e em plena campanha.

Prova disso são declarações desastradas, como a da ideia de mudar a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, o que já gerou uma crise com os países árabes com efeitos econômicos (eles são alguns dos maiores compradores de carne brasileira, entre muitos outros produtos, além de formarem um mercado estratégico). Fica claro que a declaração de Bolsonaro não surgiu de uma política externa pensada com régua e compasso, ainda que traumática, mas sim uma mera blague de campanha, mais um "jogo para a plateia".

Nesse diapasão, o entorno do "Capitão" mantém o palanque. Os bolsofilhos são um desastre quando abrem a boca e nem as eleições maiúsculas para Senado e Câmara Federal conseguiram fazer as criaturas "saírem" da campanha. Um deles propôs criminalizar o Comunismo e "prender uns 100 mil". Os bolsominions, claro, adoram essas bravatas. A Democracia e mesmo o Mercado, não.

O presidente eleito e sua entourage conseguiram transmitir essa vibe para seus apoiadores. Muitos deles continuam nas redes sociais com o número 17, da campanha. Eles ainda respondem a argumentos com "B17". Parecem não ter entendido que a campanha terminou, ao contrário dos eleitores de Haddad e Ciro, que começaram a construção, cada um a sua maneira, evidentemente, de uma oposição programática.

Rio Grande do Norte

Na terra de Poti a situação se repete no lado oposto. Os detratores da candidata eleita Fátima Bezerra não entenderam que a campanha terminou. Enquanto os derrotados Carlos Eduardo Alves e Robinson Faria se recompõem e tentam tocar as vidas (Carlos com ação forte nas redes sociais e Robinson facilitando a transição de Governo), os desafetos da petista continuam diariamente poluindo as redes sociais e os famigerados grupos de Zap com Fake News e difamações à própria senadora ou a qualquer petista ou possível secretário.

Que os doidos (ou mal intencionados remunerados) desmontem os palanques e ajam, como oposição ou situação, de forma democrática. Em um país em que é cada vez mais delicado e difícil pedir que as pessoas se comportem democraticamente.

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