Governo propõe deixar aposentados sem 13° e policiais civis seguem em paralisação

Com salários atrasados, policiais civis e servidores da segurança no Rio Grande do Norte decidiram, no final da manhã desta quinta-feira (27), continuar a Operação Zero por tempo indeterminado. As categorias não aceitaram a proposta apresentada pelo Governo do Estado de deixar os aposentados sem receber o 13° salário.

A paralisação foi deflagrada na quarta-feira (26). A Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) convocou o Sinpol-RN nesta manhã para negociação.

Em texto publicado pelo Sindicato, o presidente, Nilton Arruda, disse que “o governador mostrou desrespeito ao anunciar o pagamento do 13° de 2017 apenas para os servidores da ativa, deixando os aposentados e pensionistas sem receber”.

Ele comentou ainda que considera injusta a “discriminação”, como também é injusto ter anunciado o pagamento apenas para os policias militares em detrimento aos demais operadores da Segurança Pública.

Em todo o estado, as unidades da Polícia Civil foram fechadas. Na Grande Natal, as categorias se concentram na Central de Flagrantes. No interior, os Agentes e Escrivães estão concentrados nas delegacias regionais.

Procurador se nega a atuar contra mobilização

Designado para atuar contra o movimento grevista dos policiais civis e servidores da Sesed, o procurador do Estado Luis Marcelo Cavalcanti de Sousa se recusou a fazer a ação tendo sido escolhido para o caso sem sorteio e se solidarizou com servidores.

"Não me sinto à vontade para combater referido movimento”, disse em despacho ao Procurador Geral do Estado, acrescentando que mesmo que seja ele o sorteado só o atuará quando estiver com seus próprios salários em dia.

Veja o documento: