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Todo um tempo sem respostas, onde um povo que luta não deixou de gritar um só dia. Gritando alto, de um jeito que o mundo todo ouviu e que os sicários covardes nunca imaginariam que aconteceriam quando planejaram eliminar uma mulher preta, favelada, socialista, que carregava consigo quase 50 mil votos e a cara de um país, e mataram também um jovem pai que trabalhava até tarde naquela quarta-feira carioca.
Queria hoje poder muito mais homenagear a memória dessa mãe, dessa filha, desse pai, desse marido. Contar tudo de bom que ouvi dos seus amigos e conhecidos. Falar do abraço que todos falavam que parecia querer envolver o mundo e do sorriso inconfundível.
Mas não dá. Não é possível fazer isso enquanto a justiça não for feita. A operação que prendeu recentemente os policiais militares pelo envolvimento na morte não foi nada ainda diante do que é necessário.
Não adianta a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro apresentarem a versão de que os PM’s Ronnie Lessa e Élcio Queiroz montaram toda uma operação especial para matar apenas porque odiavam a atuação política da vereadora. Simplesmente não dá, é um acinte contra a inteligência do povo. Espero apenas que isso seja uma cortina de fumaça para chegar perto dos mandantes.
Enquanto as respostas para as perguntas cruciais não forem dadas pelas instituições brasileiras, não dá para deixar de perguntar:
QUEM MANDOU MATAR MARIELLE?