100 dias sem nada para o povo
Natal, RN 18 de abr 2024

100 dias sem nada para o povo

14 de abril de 2019
100 dias sem nada para o povo

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Está na boca do povo nas ruas, ou nas pontas dos dedos nas redes sociais, a expressão “100 dias sem nada” fazendo referência aos primeiros meses de Bolsonaro como presidente do Brasil. E isto não quer dizer que Bolsonaro não é aquele que fez nada, muito pelo contrário, é aquele que tá fazendo muito para entregar a soberania do nosso país, retirar os direitos dos trabalhadores e trabalhadores e afundar nosso povo na miséria. São 100 dias sem nada para o povo.

Em 100 dias de governo, Bolsonaro já implementou e/ou encaminhou diversas ações: rebaixou o valor do salário mínimo aprovado pelo Congresso, extinguiu as secretarias da Diversidade, Alfabetização e Inclusão do MEC, o Conselho de Segurança Alimentar (CONSEA), o Ministério do Trabalho, da Cultura e da Integração Racial. Entre tantas coisas, muito nos foi tirado. E isso ainda não é o pior: o fim do Mais médicos, os cortes no Minha Casa Minha Vida, nas tecnologias sociais de convivência com o semiárido. Realmente ficamos “sem” muitas políticas sociais.

Não satisfeito em nos tirar tanto, decretou a flexibilização do porte de armas, “comprou” o pacote anticrime de Moro que dá liberdade para a polícia matar ainda mais a juventude negra da periferia e quer implementar projetos ainda mais cruéis com o povo, dentre eles, a pauta mais importante do momento: a reforma da previdência que retira do estado e das empresas o dever de contribuir com quem trabalha, desmantelando a seguridade social, atingindo especialmente os mais pobres, as mulheres e rurais.

O plano econômico de Bolsonaro é perverso porque joga a população à miséria e, além de tudo, é entreguista: quando quer sair privatizando nossas estatais, quando rasteja aos pés de Trump oferecendo nossa Amazônia, nossos territórios e riquezas, quando se coloca como inimigo da Venezuela, quando apóia a soberania de Israel sobre Jerusalém Oriental, quebrando um esforço diplomático no Oriente Médio. O alinhamento automático à política dos Estados Unidos é muito nocivo para o nosso país.

Mas o povo é maior do que Bolsonaro. Neste cenário em que crescem os ataques do neoliberalismo anti-povo, cresce também a resistência. Estamos organizadas e organizados nas ruas, nos roçados e no parlamento na defesa da democracia e, por isso, lutamos por Lula Livre, para retomar o Brasil que é nosso e não dos EUA, que é para os trabalhadores e trabalhadoras e não para bancos e empresas. Não ficaremos sem voz. Não nos tomarão o que conquistamos. Vamos barrar a reforma da previdência, vamos retomar os rumos da nossa história e vamos, sim, ser feliz de novo.

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