Braço direito do ministro da Casa Civil Onyx Lorenzonni na equipe de transição, o novo ministro da Educação é um executivo do mercado financeiro com mais de 20 anos de experiência. Abraham Weintraub substitui o inoperante Ricardo Vélez Rodríguez, principal indicação do ex-astrólogo Olavo de Carvalho para o governo de Jair Bolsonaro.
Abraham Weintraub ocupava no governo o cargo de secretario-executivo da Casa Civil.
O presidente da República anunciou a substituição de Vélez por Weintraub pelo twitter, como é praxe:
"Comunico a todos a indicação do Professor Abraham Weintraub ao cargo de ministro da Educação. Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta. Aproveito para agradecer ao Prof. Velez pelos serviços prestados", postou o pesselista.
O currículo do novo ministro é robusto, mas não para ocupar o principal posto da Educação no país. Abraham Weintraub foi sócio na Quest Investimentos, Diretor Estatutário do Banco Votorantim, CEO da Votorantim Corretora no Brasil e da Votorantim Securities no Estados Unidos e na Inglaterra, além de ter sido economista chefe por mais de dez anos. Foi membro do comitê de Trading da BM&FBovespa; conselheiro eleito da ANCORD; Membro do Comitê de Macroeconomia da Andima; Representou o Votorantim nos encontros do FMI e do IDB.
Na transição, Abraham Weintraub apresentou uma proposta de reforma da Previdência instituindo o regime de capitalização.
Se a gestão de três meses do colombiano Ricardo Vélez Rodriguez se mostrou desastrosa para o país, a chegada de Abraham Weintraub é mais um aceno de Bolsonaro ao mercado.
A expectativa é de que o novo comandante da Educação deve ajustar o MEC à orientação de Jair Bolsonaro e, principalmente, de Paulo Guedes.