Ministro da saúde defende fim da gratuidade no SUS
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Ministro da saúde defende fim da gratuidade no SUS

29 de maio de 2019
Ministro da saúde defende fim da gratuidade no SUS

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O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que vai 'provocar' o Congresso a defender o fim da gratuidade universal do Sistema Único de Saúde (SUS) durante entrevista concedida ao programa Roda Viva, da TV Cultura, transmitido na segunda-feira (27).

É justo ou equânime uma pessoa que recebe 100 salários mínimos ter o atendimento 100% gratuito no SUS? Quem vai ter 100% de atendimento gratuito no SUS? Eu acho que essa discussão é extremamente importante para esse Congresso. Eu vou provocá-la, vou mandar a mensagem, sim, para a gente discutir equidade e esse ponto a gente vai por o dedo”, comentou o ministro da Saúde.

Mandetta seguiu com a polêmica quando foi questionado sobre o Programa Mais Médicos, criado para promover o atendimento médico em locais deficientes do país. Para o ministro, o programa, que contava com o recrutamento de médicos cubanos através de convênio com a Organização dos Estados Americanos (OEA), foi "uma grosseria com a Constituição" ao não permitir que os médicos contratados atendessem fora dos postos para os quais foram chamados.

Eu não vi nenhum cubano atendendo no Albert Einstein, na avenida Paulista, porque decerto se fizesse algo com alguém da elite paulista seria um absurdo, mas para o interior vale, como se houvesse vida do interior e da capital”, afirmou em crítica ao acordo. Para ele, o Mais Médicos tinha problemas estruturais absurdos “em nome de ter este médico é melhor do que não ter nada

Mandetta também culpou a ideologia pelo problema do vício em drogas, afirmando que a luta antimanicomial se tornou uma bandeira da esquerda. “Quando o crack chegou, atingindo a população de baixa renda, da classe C, D e E, não havia mais estes leitos”. Os entrevistadores no entanto ressaltaram que o vício em álcool, de acordo com estudos, é mais grave no Brasil do que o de drogas pesadas. Perguntado sobre a defesa da proibição de publicidade de bebidas alcoólicas, Mandetta apenas defendeu uma discussão da medida dentro do Congresso.

Com informações da Revista Fórum

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