Brasil fica atrás de Cuba e Haiti após cair 10 posições no ranking da Paz
Natal, RN 28 de mar 2024

Brasil fica atrás de Cuba e Haiti após cair 10 posições no ranking da Paz

17 de junho de 2019
Brasil fica atrás de Cuba e Haiti após cair 10 posições no ranking da Paz

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O Brasil caiu para o 116º lugar entre 163 países mais pacíficos do mundo. O país perdeu 10 posições no Índice Global da Paz de 2019, ficando atrás de países como Cuba, Haiti, Gana, Laos, Sérvia, Albânia, Tanzânia, Serra Leoa, Bósnia, Ruanda, Tunísia, e Uganda. Entre as nações analisadas, o Brasil registrou a quinta maior queda num comparativo com 2018.

O Índice Global da Paz, elaborado pelo Instituto para Economia e Paz (IEP), com sede na Austrália, cobre 99,7% da população mundial, utilizando como base 23 indicadores qualitativos e quantitativos, e mede o estado de paz usando três domínios temáticos: segurança social, conflitos internos e internacionais em curso e grau de militarização.

Na América do Sul, o Brasil está à frente somente de Colômbia e Venezuela. Entre os sul-americanos, o mais bem posicionado é o Chile. As Américas registraram deterioração da tranquilidade em todas as regiões, sobretudo na América Central e Caribe. Os motivos são a crescente instabilidade política em países como Nicarágua e Venezuela e o aumento da polarização política no Brasil e nos Estados Unidos.

Sobre o Brasil, o relatório afirma que "foi quebrada uma trégua entre as organizações criminosas dominantes no final de 2016, resultando no restabelecimento dos combates, que provocaram cerca de 250 mortes no ano seguinte".

O texto diz ainda que "vários grupos no norte do Ceará renovaram as tréguas entre eles, para se unirem em ataques contra as forças de segurança e infraestruturas públicas". A violência decorrente do tráfico de drogas também é um dos motivos destacados no relatório.

As eleições de 2018, marcadas pela chegada à Presidência de Jair Bolsonaro, culminaram num ciclo de intensa polarização política entre esquerda e direita, que segue em 2019 e "deverá aumentar ao longo do ano", prevê o instituto.

"A implementação pelo presidente Bolsonaro de leis restritivas no domínio da justiça e segurança, a par da reforma do sistema de pensões, deverá fazer aumentar as tensões ao longo do ano", estima o relatório.

O Brasil registou ainda uma alta de 11% no impacto do terrorismo – em parte devido ao ataque a figuras políticas, entre elas o próprio Bolsonaro, que foi atingido por uma facada em setembro de 2018, durante a corrida presidencial – e uma deterioração de 12,5% no crime violento.

Com informações do portal Deutsche Welle

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