Procurador do TCE recomenda reprovação das contas de Robinson Faria
Natal, RN 25 de abr 2024

Procurador do TCE recomenda reprovação das contas de Robinson Faria

26 de junho de 2019
Procurador do TCE recomenda reprovação das contas de Robinson Faria

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O Procurador-geral do Ministério Público de Contas, Thiago Martins Guterres, sugeriu através de parecer, que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) reprove as contas de 2017 do governo Robinson Faria (PSD). O processo será avaliado nesta quarta-feira (26) pelos conselheiros de Contas do estado.

O ex-governador negou as responsabilidades apontadas pelo MP em defesa apresentada no processo. Além do parecer, um relatório de análise de contas feitos por conselheiros do tribunal será utilizado na avaliação.

O documento se baseia numa suposta falta de ações do Executivo estadual diante dos sérios problemas financeiros que o RN possuía em 2016 e que se agravou no ano de 2017. Segundo Thiago Guterres “não se tratou, enfim, de um desequilíbrio setorial e momentâneo. Mas sim, reitere-se, de um desajuste estrutural das finanças estaduais que vem se consolidando a cada novo exercício financeiro”.

O procurador ainda classificou a postura do ex-governador como “conduta deliberadamente omissiva” e afirmou que “gradativamente, alcançando o Estado do Rio Grande do Norte a uma condição de insolvência generalizada, paralisia operacional e ilegalidade fiscal”.

De acordo com Thiado Guterres, o governo se mostrou omisso em meio a um “caos gerencial”. “sem que nenhuma providência saneadora tenha sido adotada pelo então governador Robinson Mesquita de Faria durante o lapso em análise para realinhá-lo aos padrões mínimos de regularidade jurídica”.

Robinson Faria governou o RN entre 2015 e 2018. O Tribunal de Contas do Estado aprovou com ressalvas as contas do primeiro ano de mandato. Em 2016, as contas foram reprovadas. O ex-governador nega as responsabilidades apontadas pelo MP.

De acordo com Robinson Faria, havia a impossibilidade de reduzir os gastos com o pessoal, em meio a crise que o estado passava e que era impossível se adequar aos limites da Lei de responsabilidade Fiscal, diante da paralisação dos serviços públicos.

“Seria necessária a exoneração de 46,78% do quadro de servidores efetivos, o que corresponderia a 24.383 servidores. Ainda que se priorizasse a preservação máxima dos quadros funcionais da saúde, educação e segurança, estes setores ainda perderiam 36% dos seus servidores, cabendo às demais áreas governamentais uma perda de 100%. Tratar-se-ia de uma completa paralisação dos serviços públicos estaduais”, argumentou Robinson Faria.

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