Cortes no orçamento da Educação deixam UFPE sem ar-condicionado
Natal, RN 19 de abr 2024

Cortes no orçamento da Educação deixam UFPE sem ar-condicionado

7 de agosto de 2019
Cortes no orçamento da Educação deixam UFPE sem ar-condicionado

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A reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) anunciou nque apenas laboratórios que necessitam de refrigeração e salas que não tenham janelas poderão utilizar ar-condicionado.

A medida, anunciada para os campi de Recife, Vitória de Santo Antão e Caruaru, teve que ser tomada pela crise financeira que a instituição passa desde que o Ministério da Educação anunciou um corte de 30% no orçamento das universidades federais.

A UFPE já teve que tomar outras decisões para economizar gastos antes. A universidade suspendeu novos editais de contratação de professores e repasse de bolsas de estudo. Para o mês de agosto foram enviados apenas R$ 8,6 milhões.

Sem os cortes feitos pelo governo Bolsonaro, esse valor seria de R$ 14,3 milhões. Só com energia elétrica a UFPE gasta cerca de R$ 20 milhões em seus três campus.

De acordo com a reitora, serviços básicos como segurança e limpeza correm o risco de serem suspensos na instituição ainda esse mês, pois os pagamentos já estão com dois meses de atraso.

“Pelos contratos [com a universidade], serviços de manutenção são suspensos quando ficam três meses sem receber. Se esse dinheiro não entrar, os serviços param”, afirma Denise Carvalho.

Outras universidades brasileiras estão passando pela mesma crise. Em uma situação mais drástica, a reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) chegou a afirmar que as aulas na instituição podem ser interrompidas ainda este mês.

Funcionamento comprometido

De acordo com a Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Proplan), a UFPE recebeu do Ministério da Educação, em agosto, R$ 8,6 milhões para custear a manutenção, quando o repasse deveria ser de R$ 14,3 milhões. Situação semelhante aconteceu também em julho.

A universidade segue com 30% do orçamento bloqueado pelo poder executivo. Nesse índice, estão R$ 49,4 milhões, destinados à manutenção, e R$ 5,6 milhões em investimento na estrutura. Caso o dinheiro continue retido, o funcionamento da instituição ficará comprometido a partir de setembro.

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