CPI para apurar incêndios na Amazônia será instaurada no Senado
Natal, RN 19 de abr 2024

CPI para apurar incêndios na Amazônia será instaurada no Senado

28 de agosto de 2019
CPI para apurar incêndios na Amazônia será instaurada no Senado

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O senador Randolfe Rodrigues, da Rede, afirmou que já conseguiu assinaturas suficiente para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as queimadas e incêndios criminosos na Amazônia, divulgadas como 'Dia do Fogo' e que ocasionaram destruição de grandes territórios da floresta. O requerimento foi protocolado. A comissão que ainda será instalada vai investigar o aumento dos índices de desmatamento na região e o porquê do Governo Federal ter perdido aportes milionários da Alemanha e da Noruega no Fundo Amazônia.

"Será que o governo não quer que uma comissão de inquérito descubra quem foram os responsáveis pelo aumento do desmatamento, quem ocasionou a ampliação de focos de incêndio na Amazônia?", questionou Randolfe, senador responsável por reunir as assinaturas para ingressar entrada da CPI. "Me parece que é isso o que o governo teme", completa, em matéria divulgada pela Folha de São Paulo.

Segundo o senador da Rede, a comissão também vai apurar os motivos que levaram o governo federal a perder os recursos que a Alemanha e a Noruega destinavam ao Fundo Amazônia.

A instalação da comissão ocorre após uma crise ambiental enfrentada pelo país nos últimos dias. Neste mês, até o último dia 24, de acordo com dados do portal UOL, foram registrados 78.383 mil focos de incêndio no país, 84% a mais que no mesmo período de 2018 (42.546).

Somente na Amazônia, foram 41.332 focos. Esse número representa 52% dos focos totais, o maior percentual já registrado para o bioma desde o início das medições do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em 2003.

Os problemas ambientais refletiram em um embate diplomático entre o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o líder francês Emmanuel Macron, que chegou a questionar se Bolsonaro estaria à altura do cargo de presidente do Brasil, após o presidente ter ofendido a esposa do dirigente francês, Brigitte Macron, nas redes sociais. Bolsonaro reagiu a um comentário sexista que "criticava" Brigitte por sua forma física e sua idade.

"Entende agora por que Macron persegue Bolsonaro?", trazia a mensagem, logo respondida por Bolsonaro: "não humilha cara. kkkkkkk".

Eduardo Bolsonaro (PSL), filho mais novo do presidente e cotado para assumir a embaixada do país nos Estados Unidos, além dos ministros Abraham Weintraub (Educação) e Ernesto Araújo (Itamaraty) também atacaram Macron.

Paradoxalmente, o comentário de Weintraub foi tido como um dos mais desrespeitosos: "O Macron não está a altura deste embate. É apenas um calhorda oportunista buscando apoio do lobby agrícola francês."

A disputa entre Brasil e França pode respingar ainda no acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia, firmado informalmente durante a cúpula do G20 em Osaka, no Japão. O trato deve ser aprovado nos parlamentos dos países envolvidos, incluindo o francês.

*Com informações do Portal UOL e Folha de São Paulo

**Edição: agência Saiba Mais

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