FIERN “acorda” e convoca sociedade a reagir contra desmonte da Petrobras
Natal, RN 16 de abr 2024

FIERN “acorda” e convoca sociedade a reagir contra desmonte da Petrobras

30 de setembro de 2019
FIERN “acorda” e convoca sociedade a reagir contra desmonte da Petrobras

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A Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte acordou de um sono profundo e reagiu ao desmonte da Petrobras no Estado. Em nota divulgada nesta segunda-feira (30), o presidente da Fiern Amaro Sales convocou empresários e outros setores da sociedade a despertar contra o que ele classifica de “tamanha agressão à economia potiguar”.

No comunicado, Sales destaca os números da Petrobras no Estado, como o impacto da estatal no PIB e na massa salarial da indústria potiguar.

- A Petrobras é essencial no que se refere ao PIB e à massa salarial. Em 2017, por exemplo, representou 28% da massa salarial da indústria extrativa e de transformação equivalendo a R$ 433 milhões. Em 2016 esse valor era ainda superior, ao adicionar o refino, chegou-se a R$ 642 milhões (38%). Quanto ao PIB (2016), esta atividade se mostra de altíssima relevância ao representar 45,7% do PIB das indústrias de extração e transformação do RN, equivalendo a R$ 7,7 bilhões”, diz um trecho da nota.

A própria nota da FIERN mostra a demora da entidade em se manifestar. Em outro trecho do comunicado, o empresário afirma que a Petrobras é responsável por quase 10 mil empregos diretos na indústria. No ano 2000, porém, a mesma estatal gerava 45 mil postos de trabalho diretos.

- Precisamos de todos para que a causa seja elevada à prioridade máxima e o Rio Grande do Norte possa contar com a atividade econômica e social da Petrobras, a maior empresa brasileira, construída assim também porque contou, durante décadas, com as riquezas minerais do solo potiguar.

A seguir, a nota da FIERN, na íntegra:

O RN não aceita desmonte da Petrobras no estado

O alerta feito pelo Jornalista Cassiano Arruda, na edição de ontem do jornal Tribuna do Norte, em relação ao término das atividades do escritório da Petrobras no Rio Grande do Norte, o que pode sinalizar um desmonte progressivo das atividades da empresa no estado em prazo mais longo, deve despertar a urgente e grave atenção de todos. As entidades que representam trabalhadores e empregadores, as representações do estado na Câmara dos Deputados, no Senado, na Assembleia Legislativa e Câmaras Municipais, todos sob a liderança da governadora Fátima Bezerra, precisam deixar claro que isso é inaceitável, lutando pelo recuo de tamanha agressão à economia potiguar.

A Petrobras é muito relevante para a nossa economia. A própria empresa, no estado, indica 162,8 milhões em reservas totais de petróleo em terra (barris de petróleo); o Rio Grande do Norte é líder histórico em número de poços produtores de petróleo, sendo atualmente mais de 3.580 (distribuídos em 15 municípios). Além do potencial natural, os royalties são essenciais ao governo do Estado e aos Municípios que fazem jus. Apenas para ilustrar: são mais de 90 municípios que juntos recebem aproximados R$ 250 milhões.

Ainda no Rio Grande do Norte, a Petrobras é essencial no que se refere ao PIB e à massa salarial. Em 2017, por exemplo, representou 28% da massa salarial da indústria extrativa e de transformação equivalendo a R$ 433 milhões. Em 2016 esse valor era ainda superior, ao adicionar o refino, chegou-se a R$ 642 milhões (38%). Quanto ao PIB (2016), esta atividade se mostra de altíssima relevância ao representar 45,7% do PIB das indústrias de extração e transformação do RN, equivalendo a R$ 7,7 bilhões.

A Petrobras, no Rio Grande do Norte, é ainda responsável por uma cadeia direta de empregos que se aproximam dos 10 mil formais nas áreas de Extração de Petróleo e Gás Natural; Atividades de Apoio à Extração de Petróleo e Gás Natural; Fabricação de Produtos do Refino de Petróleo; Fabricação de Outros Produtos Derivados do Petróleo; Peças e Acessórios; Manutenção e Reparação de Máquinas e Equipamentos para a Prospecção e Extração de Petróleo dentre outras. Esses empregos, todavia, já se aproximaram dos 45 mil por volta dos anos 2000, o que significa que nada mais podemos perder. O atual processo de desinvestimento da Petrobras no RN já significou, segundo estimativas, redução de 6% da participação no PIB, equivalendo a um recuo de R$ 931 milhões (2012-2018).

Precisamos de todos para que a causa seja elevada à prioridade máxima e o Rio Grande do Norte possa contar com a atividade econômica e social da Petrobras, a maior empresa brasileira, construída assim também porque contou, durante décadas, com as riquezas minerais do solo potiguar.

Natal, 30 de setembro de 2019.

Amaro Sales de Araújo

Presidente da FIERN

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