Novo livro de Racine Santos é ambientado durante a ditadura militar
Natal, RN 18 de abr 2024

Novo livro de Racine Santos é ambientado durante a ditadura militar

17 de setembro de 2019
Novo livro de Racine Santos é ambientado durante a ditadura militar

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O novo romance do dramaturgo Racine Santos é ambientado nos ano 1960 durante o período da ditadura militar e conta a história de um casal de atores separado por oito meses na época.

O título do livro “... De susto, de bala ou vício” foi extraído da canção Soy Loco por ti, América, gravada em 1968 por Gilberto Gil e Capinam, e tem lançamento marcado para a próxima quinta-feira (17), a partir das 19h30, na Academia Norte-riograndense de Letras, em Petrópolis.

O romance passeia por Natal dos anos 1960 e traz referencias da época, como o famoso Congresso da UNE que se pretendia clandestino, mas acabou repreendido pelos agentes do DOPS. Diz um trecho do livro:

“Naquela sexta-feira, 22 de novembro, no momento em que Eduardo entrava no cinema, a conversa nas “Cocadas” girava em torno do congresso de estudantes realizado em Ibiúna, São Paulo, onde centenas de participantes foram presos por soldados da Força Pública e agentes do Departamento de Ordem Política e Social, o conhecido e temido DOPS. O XXX Congresso da União Nacional de Estudantes – UNE, que se pretendia clandestino, reunindo estudantes de várias partes do País, fora cercado pela polícia de São Paulo no dia 12 de outubro. Entre os presos, cinco estudantes de Natal, representando Diretórios locais. Todos eles amigos ou conhecidos dos frequentadores daquela ágora natalense”, escreveu.

Personagens reais do universo natalense se misturam aos fictícios. O grupo de teatro do qual participa o jovem casal protagonista da trama é dirigido por Sandoval Wanderley que, no livro, encena com seu grupo a peça escrita pelo dramaturgo paulista Marcos Rey, “A Próxima Vítima”.

O autor

Nascido em Natal (RN), Racine Santos teve seus primeiros contatos com teatro em Recife, nos anos 1960, quando conheceu Ariano Suassuna, Hermilo Borba Filho e Luiz Marinho. Criou, junto deste último, de Altimar Pimentel, Tácito Borralho e outros, a Associação dos Dramaturgos do Nordeste, do qual foi presidente por vários anos. Dramaturgo e encenador, entre suas peças destacam-se A Festa do Rei, A Farsa do Poder, À Luz da Lua os Punhais, O Vôo do Cavalo do cão, Chico Cobra e Lazarino.

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