Hospital da PM passa a integrar a rede SUS para desafogar Ruy Pereira

O Hospital da Polícia Militar passará a integrar a rede do Sistema único de Saúde (SUS). O termo de cooperação foi assinado na quarta-feira (20) pela Secretaria da Saúde Pública (Sesap). Com a integração do hospital à rede, os serviços de média e alta complexidade serão ampliados, ajudando, inclusive, a desafogar os leitos do Hospital Ruy Pereira, conforme foi adiantado pela agência Saiba Mais em outubro.

A inclusão do Hospital Central da Polícia Militar Coronel Pedro Germano foi anunciada como um dos compromissos do Governo do Estado para ampliar os serviços de assistência médica para os usuários do sistema público de saúde do Estado. Com a possível interdição do Ruy Pereira, esse acordo foi acelerado e, agora, concluído. Para o governador em exercício, Antenor Roberto, a integração da unidade na rede é "um momento de celebrar o SUS e a melhoria do atendimento não só para a Polícia Militar, mas para toda a população”, disse.

Para o secretário da Sesap, Cipriano Maia, a integração da unidade possibilita a ampliação da atenção assistencial de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar no Rio Grande do Norte. “Ampliaremos a oferta em áreas de atenção cirúrgica nas quais hoje temos dificuldades de atendimento, melhorando a resposta da nossa rede hospitalar e aumentando a integração do serviço com linhas de cuidado como a ortopédica e a vascular, por exemplo”.

Para o funcionamento do hospital, foi assegurado no Termo de Cooperação o montante de R$ 7,8 milhões por ano. Os recursos preveem a prestação de serviços de saúde ambulatorial e hospitalar, assistência médica especializada, Unidade de Terapia Intensiva adulta e neonatal e a internação em leitos de enfermaria clínica e cirúrgica, que ajudará a desafogar os pacientes do Hospital Ruy Pereira - que continuará funcionando.

Com a parceria, o número de leitos será ampliado para 130, dos quais 20 são de UTI adulta e neo-natal. Além disso, a unidade terá sete salas cirúrgicas com capacidade para realização de mais de 400 operações de média e alta complexidade um parque de diagnóstico com aparelho de endoscopia, densitometria óssea, ultrassonografia e raio-x.

A inclusão do Hospital da PM na rede SUS, no entanto, será apenas para encaminhamentos feitos por outras unidades de saúde do sistema. De acordo com a Sesap, esses critérios também valem para os próprios policiais militares, que serão atendidos como pacientes do SUS de acordo com a demanda. A exceção será somente em casos de emergência, como ferimentos e acidentes durante o serviço, quando terão preferência - para garantir a segurança desses profissionais.

“O acesso será garantido para o policial militar que já tem vínculo com o hospital, e os demais pacientes do SUS serão atendidos de forma referenciada. Não será um hospital de porta aberta para o usuário, ele será encaminhado de outros serviços para os atendimentos ofertados", explica Cipriano Maia.

Em outubro, a Sesap anunciou que o Governo do Estado estabeleceria termos de cooperação com outras unidades de saúde para realocar os pacientes internados no Ruy Pereira. Entre os nomes levantados pela agência Saiba Mais com o secretário-adjunto Petrônio Spinelli, estão o Hospital Giselda Trigueiro, Hospital João Machado, Hospital Universitário Onofre Lopes e o Hospital da Polícia Militar, o primeiro a celebrar acordo com a secretaria.

De acordo com o comandante geral da Polícia Militar, Alarico Azevedo, copperaçnao será benéfica para ambas as partes. "Essa cooperação vai favorecer bastante o atendimento à população, já que o Hospital da Polícia é uma unidade de ponta, mas que precisa de materiais e recursos humanos - o que vai ser melhorado com essa cooperação. Oferecemos, com isso, uma melhor assistência aos policiais militares e a todos os norte-riograndenses", afirma.