Campanha de conscientização denuncia trabalho infantil no carnaval
Natal, RN 20 de abr 2024

Campanha de conscientização denuncia trabalho infantil no carnaval

20 de fevereiro de 2020
Campanha de conscientização denuncia trabalho infantil no carnaval

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Pelo menos um bloco está proibido de desfilar no carnaval 2020 em Natal: o bloco do trabalho infantil. Uma campanha de conscientização inédita realizada pelo Ministério Público do Trabalho em parceria com a secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) vai alertar a população em pelo menos um município de cada região administrativa do Rio Grande do Norte.

Batizada de “Neste Carnaval, não deixo o trabalho infantil desfilar”, a campanha será realizada em Natal, Parnamirim, Canguaretama, Apodi, Touros, Caicó, Santa Cruz e Alexandria. Cada cidade terá um estande, identificado com o banner da campanha, para orientações e realização de trabalho educativo, com foco na conscientização e na participação social na fiscalização de ocorrências de trabalho por crianças e adolescentes.

Em Natal, haverá estandes nos sete polos do Carnaval.

A campanha também orienta quanto às denúncias de crianças em situação de trabalho, que podem ser feitas aos Conselhos Tutelares e também pelo Disque 100.

“É muito importante essa atuação do Cerest no sentido de identificar o trabalho infantil no Carnaval. É uma ação para conscientizar a população de que o trabalho infantil não é bom: ele perpetua o ciclo de pobreza. Crianças expostas nas ruas estão sujeitas a serem cooptadas para a criminalidade e exploradas sexualmente”, explica a procuradora Regional do Trabalho Ileana Neiva, que representa o MPT-RN na campanha.

De acordo com Kelly Lima, subcoordenadora do Cerest Estadual, a campanha é de cunho educativo e informativo, não tem caráter opressor e nem vai recolher as crianças que estejam em situação de trabalho infantil. "O nosso objetivo é alertar sobre os problemas que o trabalho infantil pode causar. No ano passado, por exemplo, aconteceram 20 acidentes graves com crianças e adolescentes que não deveriam estar trabalhando e, sim, nas escolas", disse.

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