Difícil prever como vai acabar a já histórica greve nacional dos petroleiros. Mesmo com o ministro do TST Ives Gandra Martins Filho impondo uma multa diária de R$ 500 mil aos sindicatos e autorizando o governo Bolsonaro a demitir os grevistas, os trabalhadores decidiram manter a paralisação que envolve mais de 21 mil petroleiros de 121 unidades localizadas em 13 estados do país.
A principal reivindicação da categoria é impedir o fechamento da Fábrica de Fertilizantes do Paraná (Fafen-PR), que causará a demissão de mais mil trabalhadores.
O Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) decidiu nesta terça-feira (18) que as demissões dos mais de mil empregados da Fábrica de Fertilizantes do Paraná (Fafen-PR) devem ser suspensas pelo menos até o dia 6 de março.
A decisão aconteceu após audiência de dissídio coletivo de greve movida pelo Sindiquimica-PR contra a direção da Petrobras. A sessão foi conduzida pela desembargadora Rosalie Michaele Bacila Batista.
A mídia tradicional escondeu o quanto pôde a greve de 2020, que só não é maior que a de 1995, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
A associação de juristas defende a legalidade da greve e questiona recentes decisões do STF e do TST.
E para além da greve, os petroleiros vêm fazendo uma série de ações sociais para conscientizar a sociedade, como subsidiar o preço do gás de cozinha, vendido nas portas dos sindicatos espalhados pelo país ao preço de R$ 40.