MPF pede explicações a Weintraub sobre nomeações de reitores não eleitos para IFs de RN e SC
O Ministério Público Federal pediu ao ministro da Educação Abraham Weintraub explicações para o descumprimento dos resultados das eleições realizadas pelos Institutos Federais do Rio Grande do Norte e também em Santa Catarina.
O MEC publicou na edição de segunda-feira (20) do Diário Oficial da União duas portarias datadas de 17 de abril na quais, ao invés dos nomes eleitos, indica reitores temporários para as duas instituições.
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do MPF deu um prazo de 10 dias para que Abraham Weintraub responda aos questionamentos. A resposta deve vir acompanhada dos respectivos documentos que fundamentaram as decisões.
No caso do Rio Grande do Norte, o ministro Abraham Weintraub designou Josué de Oliveira Moreira para exercer o cargo de reitor pro tempore do Instituto Federal. O servidor, no entanto, sequer concorreu às eleições, realizadas em dezembro de 2018.
Oprofessor José Arnóbio de Araújo Filho foi eleito reitor do IFRN após ter obtido 48,25% dos votos válidos. Em segundo lugar ficou Wyllys Abel Farkatt Tabos, que ocupou o posto de reitor da gestão passada, com 42,26%.
No caso de Santa Catarina, embora o vencedor do pleito tenha sido o professor Maurício Gariba Júnior, o MEC indicou o servidor Lucas Dominguini, que também não participou do processo eleitoral.
Maurício Gariba foi eleito reitor do IFSC em dezembro do ano passado, e aguardava a nomeação para exercer o mandato 2020-2024 .
A eleição para o cargo de reitor nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia em todo o Brasil conta com a participação de alunos, professores e servidores técnico-administrativos dos campi e da reitoria.