CPI da Arena das Dunas é instalada e relatoria fica com Sandro Pimentel
Natal, RN 19 de abr 2024

CPI da Arena das Dunas é instalada e relatoria fica com Sandro Pimentel

31 de maio de 2020
CPI da Arena das Dunas é instalada e relatoria fica com Sandro Pimentel

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O deputado estadual Sandro Pimentel (PSOL) será o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito que vai apurar irregularidades nos contratos firmados entre o Governo do Estado e a empresa Arena das Dunas Concessões e Eventos S/A, que gerencia a Arena das Dunas.

A CPI foi instalada oficialmente na sexta-feira (29) e terá o deputado coronel Azevedo (PSC) como presidente. A comissão é formada por cinco deputados. Além de Pimentel e Azevedo, o grupo conta ainda com Isolda Dantas (PT), Allyson Bezerra (SDD) e Tomba Farias (PSDB).

O ponto de partida da CPI será um relatório concluído pela controladoria-geral do Estado que apontou irregularidades em vários contratos, incluindo o rateio entre empresa e Governo a partir da divisão das receitas com publicidade e locação do espaço. O montante estimado de recursos que o Estado pode economizar ou reaver caso as recomendações da Control forem seguidas é de aproximadamente R$ 420 milhões.

Sandro Pimentel destacou o empenho da governadora Fátima, que determinou a abertura da auditoria pela Control e disse que o objetivo da CPI é entender os cálculos do estádio:

“Fazer um reconhecimento público que essa CPI está ocorrendo também pela disponibilidade da governadora Fátima Bezerra que desde a primeira reunião se mostrou interessada que essa CPI acontecesse. Nossa obrigação é entender como o RN construiu um patrimônio de R$ 400 milhões e acabou pagando 3 vezes mais por isso”, destacou.

Já como presidente da CPI da Arena das Dunas, Coronel Azevedo destacou a importância e seriedade da Comissão para a Assembleia Legislativa e para o Rio Grande do Norte.

“Há quase 20 anos a Assembleia Legislativa não instalava uma CPI e essa vem buscar as respostas que o povo potiguar tanto anseia sobre tudo que envolve a Arena das Dunas. Há fatos que precisam ser investigados e esse é o principal objetivo desta CPI”, justificou Coronel Azevedo.

A deputada Isolda Dantas destacou a seriedade dos trabalhos que serão desenvolvidos pela Comissão. “Nós da Assembleia Legislativa temos a obrigação e a prerrogativa de apresentar à sociedade o que aconteceu em relação a Arena das Dunas”, frisou.

Em sua fala o deputado Allyson Bezerra ressaltou as prerrogativas e ritos que respaldam a CPI e que serão seguidas pela Comissão. “Esses instrumentos nos dão a oportunidade de investigar o consórcio da Arena das Dunas, com muita transparência e isonomia, já que essa é uma obrigação dessa Casa Legislativa. Há 20 anos a Assembleia Legislativa não abria uma CPI e nada mais justo que investigar essa que é uma das maiores obras do Rio Grande do Norte nos últimos tempos”, afirmou.

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Como forma de dar celeridade aos trabalhos, o presidente da Comissão requereu que órgãos como Ministério Público Estadual e Federal, Tribunal de Contas do Estado (TCE), Controladoria-Geral do Estado, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e o Consórcio Arena das Dunas, sejam convocados a terem assento nas reuniões públicas da Comissão. Também foi requerido que os relatórios produzidos pela Controladoria-Geral do Estado e TCE, e os documentos que embasaram esses documentos, sejam entregues em sua integralidade à CPI.

Por fim, os membros da Comissão também requereram ao presidente da Assembleia Legislativa a disponibilização de assessores jurídicos, assessores técnicos e que toda estrutura da Casa Legislativa seja preparada e adequada para possíveis oitivas que ocorrerão durante as investigações, principalmente por causa da pandemia. Também ficou deliberado que a próxima reunião da Comissão será realizada no dia 08 de junho, a partir das 16h. A CPI terá 60 dias de duração, prorrogáveis por mais 30.

A CPI, proposta pelo deputado Sandro Pimentel, vai se debruçar sobre um relatório da Controladoria-Geral do Estado, que apontou que o governo potiguar teria desembolsado quase R$ 110 milhões a mais do que deveria ter sido pago ao Consórcio Arena das Dunas até agora no contrato para gestão do estádio. O Consórcio Arena das Dunas Concessão e Eventos S/A tem contestado o relatório da Controladoria e apontou entendimentos controversos ao estabelecido no regramento da Parceria Público Privada (PPP).

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