Um grupo criminoso que atuava com narcomilícia nas praias da Pipa e de Sibaúma foi preso nesta quinta-feira (13). A ação faz parte da operação Occupatio Bellica. Oito mandados de prisão preventiva e outros 11 de busca e apreensão foram cumpridos. A origem dos criminosos não foi divulgada.
Occupatio Bellica é uma expressão em latim que se refere a práticas das Idades Antiga e Média de ocupações de propriedade por meio de violência.
A ação contou com a participação de quatro promotores de Justiça, 15 servidores do Gaeco/MPRN e 55 policiais militares, além do apoio do Gaeco do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Além do litoral sul, Natal e Goianinha também contabilizaram para os municípios que fizeram parte da operação Occupatio Bellica. Além desses, no estado de Pernambuco, a cidade de Jaboatão dos Guararapes também fez parte dos municípios investigados.
O grupo preso hoje (13) no litoral sul tomava posse de terrenos e propriedades alheias por meio de ameaças. Além disso, efetuavam desmatamento de forma ilegal e, em seguida, vendiam as áreas. Os valores arrecadavam giravam em torno de R$ 10 mil a R$ 500 mil. As investigações ocorrem desde 2019.
O Ministério Público Estadual afirmou em nota que além das invasões ilegais e ameaças, o grupo mantém ligações com uma facção criminosa e com traficantes de drogas, o que configura a constituição de uma narcomilícia.
“Durante as investigações, o MPRN descobriu em que, após invadir os terrenos, o grupo desmatava os locais e construíam edificações em um prazo inferior a 48 horas com o objetivo de simular uma situação já concretizada para tentar usucapir os terrenos, tudo isso sem autorização e em desacordo com determinação legal”, declarou o órgão.
Os impactos com a ação do grupo refletem diretamente na economia da localidade. O MPRN afirmou que além do meio ambiente, os habitantes de Tibau do Sul, o setor imobiliário e a imagem do município são prejudicados.
“Os crimes cometidos pelo grupo afetam a todos em Tibau do Sul, seja o morador local, os proprietários dos terrenos invadidos, os vizinhos, o meio ambiente, o setor imobiliário, a imagem do município, a Prefeitura que não tem impostos arrecadados e ainda o turismo, o que reflete diretamente na economia da localidade”, diz o MP em nota.
Em contato com a agência Saiba Mais, a assessoria de imprensa do MPRN não divulgou mais informações, além do material enviado para a imprensa.