Livros, que haja livros !

Dentre tantas e tantas mazelas pandêmicas/pandemônicas, eis que a vida sorri num mimo que recebo do editor e sebista Abimael Silva: um exemplar do primeiro número das edições CLIMA, do grande Carlos Lima (de quem, como nome inquestionável da história do livro potiguar, já comentei antes nessa mesma coluna que outro querido editor, Rafael Duarte, me permite o espaço de expressão).

Trata-se do “Ciclos da Pedra e do Cão”, livro de poemas de Rubens Lemos. Lançado em 1978, com ilustração de capa de Gilson e prefácio de Ivan Maciel, esse exemplar inaugurou uma história de leitura e escrita que vingaria até os anos de 1990. Como o próprio editor comunica na apresentação, “editar as coisas boas do nosso Estado. O campo está aberto.”

E foi de uma abertura sensacional. No livro, encontro pérolas que, publicadas no ano em que nasci, dizem de mim neste tempo de agora. Tal como o poema “Espera”:

A vida

Ávida

De chegar

Áspera

Espera

No lugar

E por falar em esperas e em coisas boas do nosso Estado, vem aí outra pequena joia de livro: “10 anos de flipAut! Uma década de resistência cultural”. Organizado pelo próprio coordenador do festival alternativo de literatura da Pipa, Jack d´Emilia, o livro traz os anais de cada uma das dez edições do evento bem como depoimentos de diversas pessoas que, de alguma forma, participaram/participam dessa década de boas estórias e histórias em torno do livro. Dentre alguns nomes, o poeta Adriano de Sousa, o jornalista Cefas Carvalho e Oreny Jr., do Sebo Gajeiro Curió, por exemplo. Inegavelmente, um registro tão importante na história do livro potiguar como o livro de Rubens Lemos e sua abertura das edições CLIMA.

A campanha de pré-venda está aberta e para maiores informações basta acessar www.flipaut.blogspot.com

Que essa história renda ainda muitas estórias. Que haja menos vírus e mais livros nessa vida!