Com aumento de casos de covid-19 e aglomerações, cientista Miguel Nicolelis defende lockdown imediato para todo o país
Natal, RN 19 de abr 2024

Com aumento de casos de covid-19 e aglomerações, cientista Miguel Nicolelis defende lockdown imediato para todo o país

5 de janeiro de 2021
Com aumento de casos de covid-19 e aglomerações, cientista Miguel Nicolelis defende lockdown imediato para todo o país

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Com uma curva em crescimento, até esta terça (5), o Brasil já soma mais de sete milhões de casos no novo coronavírus (7.754,560). Quase 200 mil pessoas (196,591) morreram em decorrência da doença. A alta, principalmente dos casos mais graves da doença, pode ser constatada ao compararmos dezembro a novembro. Houve um aumento de 65% no número de mortes por covid-19 no último mês de 2020 em relação a novembro, num total de 21.829 óbitos.

No Rio Grande do Norte, a situação também não é confortável, com registros de grandes aglomerações durante o réveillon, o estado tinha até esta segunda (4), 119.186 casos confirmados e 3.011 mortes por covid-19. Além disso, 475 mortes ainda estão sendo investigadas e 65.768 pacientes foram registrados com Síndrome Gripal Não Especificada, que são os casos suspeitos para os quais não foi possível fechar diagnóstico com exame laboratorial.

Diante da inação do Governo Federal frente aos números tão expressivos, o cientista Miguel Nicolelis defendeu em sua conta no twitter a implantação de um lockdown imediato em todo o país, sob o risco de não conseguirmos enterrar os mortos pela doença em 2021. Em seu perfil na rede social, o cientista brasileiro ressalta que até o Primeiro Ministro britânico Boris Johnson, que se notabilizou por negar a existência de uma pandemia, reconheceu a gravidade da situação por lá e decretou o terceiro lockdown na Inglaterra. O país tem, no momento, 27 mil pacientes internados, número 40% maior do que aquele registrado no pico da pandemia, no mês de abril.

No Brasil, segundo Nicolelis, os gestores não querem ouvir falar de fechamento, o que contribui para a disseminação da doença. Um dos casos citados por Miguel Nicolelis é o de Manaus, onde pacientes em estado grave têm permanecido em casa por falta de vagas nos hospitais. Só nesta segunda (4), o Amazonas teve 183 internações, sendo 177 em Manaus. O estado está na fase roxa da pandemia, aquela que representa um alto risco. Ao todo, o Amazonas já soma mais de 200 mil casos e 5.300 óbitos por covid-19.

Lockdown no Rio Grande do Norte

No Rio Grande do Norte, as atividades econômicas chegaram a ser suspensas no final de março, com abertura apenas de atividades essenciais como supermercados, postos de combustíveis e farmácias. Em julho, o estado começou o processo de retomada gradual das atividades econômicas, com o compromisso de que os estabelecimentos seguissem protocolos de biossegurança para evitar a disseminação do novo coronavírus. O processo de retomada começou em julho e foi até o mês de agosto, dividido em três fases.

Recentemente, registros de aglomerações em festas de passagem de ano que duraram dias em Pipa, no município de Tibau do Sul, e São Miguel do Gostoso, chamaram atenção de todo o país pelo flagrante desrespeito às regras de distanciamento social e prevenção à covid-19. Pesquisadores estimam que o atual aumento de casos no Rio Grande do Norte e no restante do país, ainda não é resultado das festas de fim de ano. A estimativa, é que os primeiros casos decorrentes dessas aglomerações surjam apenas 15 dias após o réveillon.

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