Escribas Editora cria canal no youtube para debater literatura e ocupar espaço com pautas progressistas

Ocupar o Youtube com conteúdo audiovisual sobre cultura e literatura é um dos principais objetivos das Escribas Editora que acaba de criar uma programação semanal para promover livros e ideias na plataforma. Toda terça-feira, a partir das 19h30, no Canal Escribas TV, o espaço recebe os escritores para falar sobre novos trabalhos, leituras, escrita e também para sortear brindes para a audiência. Nesta terça-feira, 23, Marcelo de Cristo, Pablo Capistrano e Carlos Fialho são os convidados que lançam, respectivamente, as obras: “Tons de Ver-melhor”,  “Quando a História faz a curva” e  “Não peça nudes, papai!”.

“Nossa estreia tem essa intenção política, além de cultural”, adianta Carlos Fialho, fundador da editora e um dos autores a participar do encontro desta terça. Segundo ele, a plataforma já está cheia de conteúdo com viés ideológico de direita e é pra preciso “ocupar” o espaço também com pautas progressistas.

A ideia também surge para alavancar as novas publicações beneficiadas pela Lei Aldir Blanc e os editais da Fundação José Augusto do Governo do Estado e Funcarte, pela Prefeitura do Natal. Ao todo, a editora conseguirá publicar 10 livros a partir de recursos da Aldir Blanc e mais uma obra com apoio da Funcarte.

O incentivo é essencial após longo período em que as atividades quase estagnaram com a pandemia do novo coronavírus, explica o fundador. Ele conta que, para 2020, o plano era participar de diversos eventos como feiras e festivais, para poder circular os livros com preço acessível e faturar o suficiente para publicações próprias. A editora também deveria publicar livros por encomenda, outra forma de receita importante no negócio. Todavia, com a situação de crise sanitária e econômica, nada disso foi possível, já que houve queda drástica nas vendas.

“Por incrível que pareça, até apareceram alguns autores clientes para publicar suas obras, mas as vendas encalharam”, disse Fialho.

Com as novas publicações, uma rede inteira de profissionais passa a ter uma possibilidade de renda, adianta o autor e editor. Isso vale inclusive para pessoas que não necessariamente atuem diretamente no mercado editorial.

“Um profissional de direção de arte e diagramação, uma revisora, uma gráfica com dezenas de funcionários que dependem do fluxo de serviços, as pessoas que vão trabalhar no lançamento em sistema drive-thru (funcionárias de uma empresa de eventos que não estão trabalhando durante a pandemia), as vendas que serão proporcionadas nas livrarias da cidade, assegurando os empregos dos vendedores”, detalha.

Segundo Fialho, “as pessoas que veem um livro pronto não fazem ideia de quantas pessoas são beneficiadas pela sua produção”.

Os livros e a live

Durante a programação desta terça, três autores apresentaram suas mais recentes obras. Pablo Capistrano lança "Quando a História faz a curva", um livro que busca contar sobre as maiores revoluções da humanidade. Capistrano é filósofo e professor e usa do didatismo para tratar dos mais diversos acontecimentos.

Já Marcelo de Cristo traz poesias em “Tons de ver-melhor”, com versos minimalistas sobre relações amorosas. Enquanto isso, Carlos Fialho se descreve como um cronista “acanalhado” no livro “Não peça nudes, papai” com histórias de humor cotidiano e temas ligados às novas tecnologias.

A única coisa em comum entre as obras, afirma Fialho, é todas terem sido escritas em português. 

“A escolha dos autores se deu por critérios objetivos. Começamos com os 3 primeiros que publicaram pela editora e esta segunda são os autores que vão lançar livros nas próximas semanas. Depois, vamos contemplar a autora Itamara Almeida, também a Alice Carvalho e a Luciana Medeiros, que são as próximas a lançar livros”, adianta sobre a programação da próxima semana.

Serviço:

Programa Escribas Ao Vivo, com Marcelo de Cristo, Pablo Capistrano e Carlos Fialho
Quando: 23 de março de 2021
Horário: 19h30
Local: Canal Escribas TV

Início da pré-venda dos livros “Não peça nudes, papai!” (Carlos Fialho), “Quando a História faz a curva” (Pablo Capistrano) e “Tons de Ver-melhor” (Marcelo de Cristo)