Associação Brasileira de Imprensa pede renúncia de Bolsonaro após novo ataque a jornalistas
Natal, RN 23 de abr 2024

Associação Brasileira de Imprensa pede renúncia de Bolsonaro após novo ataque a jornalistas

22 de junho de 2021
Associação Brasileira de Imprensa pede renúncia de Bolsonaro após novo ataque a jornalistas

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As agressões de Jair Bolsonaro (sem partido) à jornalista Laurene Santos, da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo em Guaratinguetá, levaram a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) a pedir a renúncia do presidente da República. A nota é assinada pelo presidente da entidade Paulo Jerônimo.

A Fenaj vem catalogando os ataques à imprensa, em especial os desferidos pelo presidente da República. Até o final de 2020, Bolsonaro era o responsável por 40% das agressões à jornalistas e entidades representativas da categoria.

Leia a nota da ABI na íntegra:

Nota oficial da ABI

Renuncie, presidente!

Descontrolado, perturbado, louco, exaltado, irritadiço, irascível, amalucado, alucinado, desvairado, enlouquecido, tresloucado. Qualquer uma destas expressões poderia ser usada para classificar o comportamento do presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, insultando jornalistas da TV Globo e da CNN.

Com seu destempero, Bolsonaro mostrou ter sentido profundamente o golpe representado pelas manifestações do último sábado. Elas desnudaram o crescente isolamento de seu governo.

Que o presidente nunca apreciou uma imprensa livre e crítica, é mais do que sabido. Mas, a cada dia, ele vai subindo o tom perigosamente. Pouco falta para que agrida fisicamente algum jornalista.

Seu comportamento chega a enfraquecer o movimento antimanicomial – movimento progressista e com conteúdo profundamente humanitário. Já há quem se pergunte como um cidadão com tamanho desequilíbrio pode andar por aí pelas ruas.

Mas a situação é ainda mais grave: esse cidadão é presidente de um país com a importância do Brasil.

Diante da rejeição crescente a seu governo, Bolsonaro prepara uma saída autoritária e, mesmo a um ano e meio da eleição, tenta desacreditar o sistema eleitoral. Seu objetivo é acumular forças para a não aceitação de um revés em outubro de 2022.

É preciso que os democratas estejam alertas e mobilizados.

Diante desse quadro, com a autoridade de seus 113 anos de luta pela democracia, a ABI reitera sua posição a favor do impeachment do presidente. E reafirma que, decididamente, ele não tem condições de governar o Brasil.

Outra solução – até melhor, porque mais rápida – seria que ele se retirasse voluntariamente.

Então, renuncie, presidente!

Paulo Jerônimo
Presidente da ABI

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