O Bicão crápula que chega nos locais públicos - estádios, casas de shows -, sempre já bêbado (acho que ele vive assim) e sai cometendo gafes, passando vergonha, mas sem ligar a mínima, pois se tem uma coisa que ele desconhece, entre tantas, é o significado dessa palavra. Em todos os bares e restaurantes de Natal, o clube AABB, que por muito tempo foi seu local de encontro, se tornou figura que ninguém suporta mais e todos fazem questão de fazer ele saber que não é bem-vindo, mesmo assim, acreditem, ele continua a forçar a barra até ser expulso na forma que entende.
É o jeito de ser do desmoralizado Bicão de sempre. O que levava sanduíches e refrigerantes para um velho narrador esportivo, além de presentes michas, para que seu nome fosse falado durante resenhas e transmissões. Ele achava que assim as portas dos lugares públicos seriam abertas para as suas sandices. Quando não encontrava apoio, guarida, enviava cartas anônimas às redações de jornais para denegrir a imagem de desafetos (fui um deles) e sugerir, acreditem, até mesmo a demissão dessas pessoas. Dizem que um ex-governador, a pedido dele, chegou a ser usado para tentar demitir um jornalista. Certa vez, essa foi muito boa. Na redação do Diário de Natal, Alfredo Lobo era o editor chefe, e o sacripanta apalemado inventou de "invadir" o aquário, como sempre se apresentando como "emissário" de um governador, na época já ex. Lobo o pôs pra fora e eu nunca elogiei tanto um chefe quanto naquele dia.
Um dos casos mais escabrosos do Bicão psicopata se passou quando enviou cartas anônimas, cruzadas, sugerindo traição, com a intenção de separar um casal de quem tinha inveja, jovens de uma família importante de Natal. Isso se passou há tempos, e por conta desse episódio foi mandado às pressas, por sua própria família, para passar uma temporada no Rio de Janeiro para não ser preso, ou mesmo levar uma surra dos parentes das pessoas que ele tentou, e até conseguiu, prejudicar, com suas calúnias doentias.
O mesmo tipo de atitude inimaginável do Bicão esquizofrênico que, acreditam, mandou uma empresa funerária de Natal levar dois caixões para a casa de uma família de dois rapazes que, por inveja, ele queria fazer acreditar mortos. Os rapazes, absurdo, tinham viajado para o interior. E imaginem a agonia da família, naqueles tempos sem celular, sem internet, sem notícias dos filhos, como ficaram os pais vendo chegar em sua residência essa encomenda tétrica urdida por uma mente do mal.
No Rio de janeiro, usando os mesmos artifícios que em Natal, levava presentes - carne de sol, lagosta, camarão - ele cooptava radialistas de renome nacional, de emissoras conhecidas e até mesmo armava com atletas profissionais, Zico entre eles, para forçar uma situação de amizade que ele nunca conseguiu ter de forma natural. E tudo para mostrar no encontro dos "amigos", na maioria das vezes no point da AABB e nas altas rodas que sempre circulou (não circula mais, proibido está) que era uma pessoa importante.
Pois é, meus amigos, o Bicão recalcado, analfabeto, que se diz empresário (de mentira), que emprega centenas de pessoas, que tem um salário altíssimo no final do mês (mentira), dirige um carro popular , é normalmente visto andando só, muitas vezes inclusive houve quem desconfiasse, meu amigo Justino Neto era um deles, de que ele não era chegado ao sexo feminino e agora, depois do episódio de LGTBfobia eu fico me perguntando: será que o Bicão não é mais um enrustido que não tem coragem de sair do armário.
Até as tias
São tantas as histórias indecorosas, apodrecidas desse ser humano nojento chamado Bicão que, confesso, até já pensei em catalogar todas as aberrações que ele cometeu e escrever um livro. Para encerrar (essa é boa), certa vez, eu estava caminhando no shopping, isso faz muitos anos, ainda era editor de esportes do Diário de Natal, quando duas senhoras se aproximaram e me perguntaram "se eu era Edmo Sinedino do Diário de Natal". Respondi que sim. Elas sorriram e agradeceram - "muito obrigado" - quis saber o motivo do agradecimento, e elas: " quando você mete o pau naquele infeliz que você apelidou de Bicão a gente fica contente, pois ele não vale nada", disseram. Curioso, procurei saber mais, se elas sabiam quem eu chamava de Bicão. A mais idosa sorriu e disse o nome de batismo do peste, acrescentando: "aquilo não vale nada, é ruim assim desde criança, nós somos tias dele", agradeceram novamente e insistiram para que eu continuasse a "meter o pau".