Indústria do RN estagna em relação ao Nordeste e tem como base petróleo, gás, bolacha, queijo e concreto
Natal, RN 28 de mar 2024

Indústria do RN estagna em relação ao Nordeste e tem como base petróleo, gás, bolacha, queijo e concreto

22 de julho de 2021
Indústria do RN estagna em relação ao Nordeste e tem como base petróleo, gás, bolacha, queijo e concreto

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Dados da Pesquisa Industrial Anual – Empresa de 2019, que foram divulgados nesta quarta-feira (21) pelo IBGE, mostram que o Valor da Transformação Industrial (VTI) da indústria no RN é de R$ 9,4 bilhões. Esse número representa 6,8% do VIT total da região Nordeste, a mesma participação que o estado registrou no ano de 2010.

Mesmo sem a progressão, o Rio Grande do Norte tem a quarta maior participação entre os estados do Nordeste. Pernambuco foi o estado que mais cresceu em participação entre 2010 (16,1%) e 2019 (21%). Em números absolutos, o Valor da Transformação Industrial pernambucano é de R$ 28,9 bilhões em 2019. O Maranhão também ampliou sua fatia na indústria regional: saiu de 3,7%, em 2010, para 6,1% em 2019, equivalente a R$ 8,4 bilhões. Já a Bahia, que registrou a mais forte queda no período analisado (de 45% para 40,6%) ainda representa a maior parcela da região, o que significa R$ 56,1 bilhões.

O Rio Grande do Norte produz apenas seis dos 100 produtos e serviços industriais  com maior receita líquida de vendas no Brasil. No primeiro lugar dessa lista está  “óleos brutos de petróleo”. No estado, esse produto gerou R$ 65,2 milhões em receita líquida de vendas em 2019, a quinta maior entre as unidades da federação. O resultado faz parte da Pesquisa Industrial Anual – Produto de 2019 do IBGE.

Somente os estados do Rio de Janeiro (R$ 88 bilhões), São Paulo (R$ 15,8 bilhões), Espirito Santo (R$ 2 bilhões) e Bahia (R$ 212,5 milhões) superaram a receita líquida de vendas de óleos brutos de petróleo do RN.

Os outros cinco produtos ou serviços que o estado potiguar tem produção relevante dentro desta seleção são: refrigerantes (R$ 188,9 milhões em receita líquida de vendas); gás natural, liquefeito ou em estado gasoso (R$ 100,9 milhões); serviços relacionados a serviços de extração de petróleo e gás, exceto prospecção (R$ 117,4 milhões); biscoitos e bolachas (R$ 24 milhões); queijos frescos (R$ 67,8 milhões); e massa de concreto preparada para construção, concreto usinado (R$ 56,6 milhões).

Na comparação com todas as unidades da federação, o Rio Grande do Norte está na 16ª posição em Valor da Transformação Industrial, 18ª posição no número de pessoal ocupado (57,3 mil trabalhadores) e 17º lugar no ranking da receita líquida de vendas (R$ 13,3 bilhões).

A receita líquida de vendas é o resultado da receita bruta de vendas menos impostos, vendas canceladas, descontos e abatimentos incondicionais.

Ao todo, o Nordeste alcançou R$ 138,1 bilhões em Valor da Transformação Industrial em 2019. O VTI é resultado do valor bruto da produção industrial menos os custos das operações. Foram pesquisadas unidades locais de indústrias com cinco pessoas ocupadas ou mais.

Indústria brasileira fechou 786 mil vagas de trabalho

Em 2019, o país tinha 306,3 mil empresas industriais, que ocuparam 7,6 milhões de pessoas e pagaram R$ 313,1 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. A receita líquida de vendas do setor foi de R$ 3,6 trilhões.

Em 2019, o número de empresas industriais teve a sexta queda consecutiva e estava 8,5% abaixo do seu auge, que foi em 2013 (335,0 mil). Já o número de postos de trabalho caiu 15,6% em relação a 2013, quando o setor empregava 9,0 milhões de pessoas, o apogeu da série histórica.

Entre 2010 e 2019, a ocupação do setor industrial caiu 9,2%, puxada pela perda de 786,2 mil empregos nas indústrias de transformação. Somente oito das 24 atividades da indústria de transformação aumentaram seu pessoal ocupado, com destaque para a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (51,3%).

Mesmo pagando os salários mais elevados, a indústria extrativa teve uma redução no salário médio, passando de 5,9 salários mínimos (s.m.) para 4,6 s.m. Nas indústrias de transformação a redução foi de 3,3 s.m. para 3,1 s.m.

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