Mais um filme potiguar financiado pela Lei Aldir Blanc é selecionado para festival internacional
As transformações físicas de uma mulher de 53 anos que luta Kung Fu e faz questão de reafirmar seu espaço nas artes marciais é o mote do curta-metragem documental "Pequena flor de ameixa: RAIZ". O filme, é o segundo do projeto Pequena flor de ameixa, que fala sobre o protagonismo feminino nos espaços de luta, literalmente, indo além das batalhas sociais já conhecidas.
O curta, que tem direção e roteiro de Camila Guerra, é mais uma produção potiguar financiada por meio da Lei Aldir Blanc selecionada para concorrer em um festival internacional. Nesse momento, o curta "Sideral" concorre na mostra competitiva do Festival de Cannes, na França. Além da IX Curta O Gênero - IX Mostra Internacional de Audiovisual, que acontecerá no período de 17 a 29 de agosto, o filme também terá dois lançamentos: um no dia 31 de julho, no Cineclube Verberena, que tem como temática a Melhor Idade; e na Edição de 1001 temas de julho da Mostra [Em]Curtas, que começou nesse último dia 10 de julho e vai até 5 de agosto, no Canal da Mostra no Youtube.
A história é centralizada em Simone Guilherme, uma mulher de 53 anos que, apesar do histórico de doenças como chikungunya e zika, e das limitações físicas como artrose, treinou arduamente durante a pandemia do novo coronavírus para conquistar a tão desejada faixa preta de Kung Fu. No curta, Simone relata essa trajetória e também os desafios extras devido à idade, no contexto social e esportivo. Por causa da pandemia, a produção teve de ter uma equipe bem reduzida no set. Foram, praticamente, duas pessoas para exercer as funções principais. As reuniões foram feitas remotamente.
“Mesmo assim, a energia do set foi muito espontânea e fluida. A maior parte da equipe já tinha participado da produção do filme anterior - Um fragmento - e conhecido a personagem, Simone. Inicialmente, a intenção era fazer um filme de 8 minutos, mas terminamos com 15! Acontece que quando você percebe que o conteúdo é valioso, o tempo perde um pouco a importância... É como perder a hora durante uma boa conversa. Simone tem isso de cativar a pessoa com seus relatos e, no filme, ela se abre para que possamos ver seus lados contrastantes - o forte e o vulnerável - e só nos reafirma a potência das mulheres em suas lutas, pessoais ou não”, revela Camila que também dirigiu “Pequena Flor de Ameixa: um fragmento”, primeira parte do projeto lançado em 2020.
Ficha técnica
Título: Pequena flor de ameixa: RAIZ
Ano de produção: 2021
Curta, Documentário, 15min.
Equipe:
Direção e roteiro: Camila Guerra
Produção executiva: Babi Baracho
Direção de fotografia: Allan Lira
Filmagens: Allan Lira, Camila Guerra e Julia Donati
Som direto: Camila Guerra
Edição e montagem: Julia Donati
Still: Allan Lira
Local: Natal, RN
Festival de Cannes
Com R$ 25 mil financiados pela Lei Aldir Blanc, o curta-metragem potiguar "Sideral" concorre na mostra competitiva do aclamado Festival de Cannes, na França. A indicação ao festival é inédita para o Rio Grande do Norte. Depois de estrear em16 de julho, o filme começa a circular em outros festivais pelo mundo.