Museu Câmara Cascudo e Ludovicus comemoram Semana do Folclore com debate virtual
Natal, RN 24 de abr 2024

Museu Câmara Cascudo e Ludovicus comemoram Semana do Folclore com debate virtual

18 de agosto de 2021
Museu Câmara Cascudo e Ludovicus comemoram Semana do Folclore com debate virtual

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No dia 22 de agosto é comemorado o Dia Nacional do Folclore. Para celebrar a data, o Museu Câmara Cascudo e o Ludovicus - Instituto Câmara Cascudo propõem uma homenagem aos 80 anos da Sociedade Brasileira de Folclore, fundada por Luís da Câmara Cascudo.

Haverá mesa redonda intitulada “Ciência do povo, saber popular: 80 anos da Sociedade Brasileira de Folclore”, por meio do MCC Virtual - no youtube e facebook, na sexta-feira (20), a partir das 19h30.

A mediação será do professor Luiz Assunção (UFRN), com participação do professor Francisco Firmino Sales Neto (UFCG) e de Daliana Cascudo, diretora do Ludovicus. Juntos, os convidados vão debater a importância da entidade para o estabelecimento do pensamento social sobre os saberes do povo do Rio Grande do Norte.

A participação é aberta nas redes sociais, mas os interessados em receber certificados, devem realizar as inscrições pelo Sigaa.

A Sociedade Brasileira de Folclore nasceu em em 30 de abril de 1941 e reuniu grandes nomes de estudiosos da cultura popular no RN, como Veríssimo de Melo, Hélio Galvão, Oswaldo Lamartine e Deífilo Gurgel. Esses nomes, junto com Câmara Cascudo, tiveram participação ativa no processo de consolidação dos estudos folclóricos no Brasil, formando o Movimento Folclórico Brasileiro, entre os anos 1940 e 1950.

Foram as obras desses escritores que deram origem à difusão da cultura folclórica e abriram margem para que as manifestações populares ganhassem espaço nas bibliotecas, nas casas e nas escolas.

Além do mais, a Sociedade estimulou o desenvolvimento de outros pensadores e de ações em prol da cultura, rivalizando com outras instâncias voltadas à promoção da cultura do povo, como a Comissão Nacional de Folclore, criada em 1947, no Rio de Janeiro; e a Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, criada em 1958.

Assim, ao longo de toda a década de 40 a Sociedade reuniu um número considerável de estudiosos, entre antropólogos, etnógrafos, historiadores, memorialistas, jornalistas e políticos. Uma centena de brasileiros e especialistas de outros 26 países fizeram parte do quadro de sócios. Nomes grandiosos tais quais Mário de Andrade, no Brasil; Frans Boas, nos Estados Unidos; Antonio Castillo de Lucas, na Espanha; e Antonio Ferro em Portugal.

Dentre as maiores ações desenvolvidas pelos membros, está a indicação de Câmara Cascudo para Conselheiro no Brasil da Comissão Internacional de Artes e Tradições da UNESCO, no ano de 1947. Outro feito foi a publicação dos primeiros livros de Veríssimo de Melo na coleção Biblioteca da Sociedade Brasileira de Folclore.

A Sociedade Brasileira de Folclore deixou de existir no início da década de 1960, quando surgiu o Instituto de Antropologia do Rio Grande do Norte, que hoje é o Museu Câmara Cascudo. Apesar de os estudos em torno do folclore terem perdido espaço durante determinado período de tempo, a cultura e a história popular do Rio Grande do Norte continuam sendo preservadas através do MCC e de outras instituições culturais, como o Instituto Câmara Cascudo, que abriga o acervo do folclorista potiguar que nomeia as duas instituições.

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