Hospital diz que vídeo de prefeito de Mossoró durante cirurgia ginecológica foi gravado em inspeção de fiscalização
Depois da polêmica em torno do vídeo gravado e postado em redes sociais pelo prefeito de Mossoró, Alysson Bezerra (Solidariedade), durante a realização de uma cirurgia ginecológica no Hospital Maternidade Almeida Castro, a unidade se manifestou e explicou que a gravação foi realizada na última sexta (8), durante atos de fiscalização da retomada dos serviços de cirurgias eletivas na unidade, que é gerida pela Apamim (Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e Infância de Mossoró).
Em nota, a Apamim afirmou que não houve exposição indevida da paciente e que, apesar da movimentação, foi mantida a ordem no ambiente. Além disso, a Associação destacou que a visita faz parte do direito e dever de autoridade pública de fiscalizar a prestação dos serviços. Ainda segundo a instituição, a paciente que passou por cirurgia já recebeu alta e não registrou queixa pela gravação.
Mas, na avaliação do Conselho Regional de Serviço Social (Cress), a retomada das cirurgias não justifica a entrada das pessoas na sala de cirurgia e que o acesso ao local deveria ser permitido apenas às pessoas ligadas diretamente à cirurgia ou profissionais de saúde, principalmente, diante da situação de pandemia.
A direção do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern) anunciou por meio de nota que abriu procedimento interno para apurar o caso. Nesta segunda (13), o vídeo já havia sido removido das redes sociais, tanto da prefeitura de Mossoró, quanto do prefeito Alysson Bezerra.
O Hospital Maternidade Almeida Castro é uma entidade filantrópica mantida com recursos públicos. Segundo a prefeitura de Mossoró, as cirurgias ginecológicas estavam suspensas há anos, o que resultou numa fila de espera de mais de 450 mulheres.