Enquanto planos de saúde individuais têm reajuste negativo, os coletivos aumentam mensalidades, sem teto
Natal, RN 19 de abr 2024

Enquanto planos de saúde individuais têm reajuste negativo, os coletivos aumentam mensalidades, sem teto

8 de novembro de 2021
3min
Enquanto planos de saúde individuais têm reajuste negativo, os coletivos aumentam mensalidades, sem teto

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Com a pandemia e obstrução dos serviços de saúde, procedimentos eletivos foram suspensos, o que gerou redução de despesas dos planos de saúde. Em 2020, as mensalidades não foram reajustadas, mas em 2021, enquanto alguns convênios foram obrigados a reduzir os valores, outros tiveram grande alta, sem teto.Isso acontece porque os planos de saúde classificados como individuais tiveram reajuste negativo pela primeira vez, de – 8,19 %. Já os coletivos, não estão sujeitos a esse limite estabelecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), criando uma “discrepância” entre eles.O professor de Direito e Medicina da Unifacisa, Unifip e UFPB, Igor Mascarenhas, explicou no Programa Balbúrdia desta segunda-feira (8) como se dá a aplicação dos reajustes. “Mesmo dentro de uma mesma faixa etária, posso ter comorbidades, elementos que particularizem o grupo de tal forma que o reajuste não pode ser o mesmo. E aí posso criar injustiças com determinados grupos”, detalhou.“Ninguém sabe, na verdade, que existe diferenças entre um plano coletivo e um individual. Você quer um plano”, disse Igor Mascarenhas, alertando ainda que existem planos que se mascaram de coletivos para não seguir as normas.“Eles vendem como coletivo, mas na essência é individual. E aí o Judiciário diz: apesar do nome coletivo, a gente vai desconsiderar e vai dizer que é individual. E o aumento máximo desse plano é o estabelecido para os individuais. A gente tem uma discussão judicial sobre a natureza do plano. É a saída que tem sido adotada por inúmeros consumidores como forma de proteção”.Mas o professor lembra que apesar dessa possibilidade, o acesso à Justiça não é um caminho fácil e a população em geral fica frustrada com a demora dos processos e os valores das indenizações.“Tem muita gente que deixa pra lá. Eu sou uma pessoa que não deixa, porque ninguém nunca deixou pra lá comigo. As empresas não deixam pra lá comigo, então eu judicializo. A minha recomendação é: busque, brigue, denuncie”, aconselhou, e contou o caso de uma cliente que teve um abortamento e não conseguiu ser atendida por estar no período de carência.Ela teve que ir ao serviço público, a urgência foi reconhecida, recebeu os cuidados necessários e foi à Justiça com o caso, ganhou a causa, sendo indenizada.Confira o Programa Balbúrdia completo:[embed]https://www.youtube.com/watch?v=Du0PaUKiIqA[/embed]
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