O Movimento Estudantil pela defesa da Universidade Segura e Aberta no Seridó (Medusas) reivindica principalmente escuta. Eles querem ser ouvidos sobre pela gestão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) sobre o retorno das aulas presenciais. Heloísa Medeiros e Hermenegildo Moreira, estudantes de Pedagogia e representantes do grupo, falaram sobre o assunto no Programa Balbúrdia desta quarta-feira (17).
Com desafios diferentes dos enfrentados pelas equipes do Ensino Básico e Médio, já que envolve alunos que estão em outros municípios e estados do país, a Universidade afirma já ter estabelecido os protocolos de segurança, mas para um retorno previsto para o primeiro semestre de 2022. Para os estudantes do Centro de Ensino Superior do Seridó – CERES/UFRN, a ciência já reúne evidências suficientes para justificar um retorno gradual, seguro e protocolar.
“Eu não sei se a UFRN acha que a universidade é composta só por reitoria, mas não é bem assim e estamos aqui como representantes do movimento estudantil pra dizer que temos opiniões sobre o retorno e que a gente precisa sim ser ouvido”, reclamou, ao destacar que as estruturas da instituição não são iguais nos diferentes campi.
“Se a gente comparar o campus de Caicó com o de Natal, a estrutura é micro. Culturalmente, a forma como as coisas se organizam aqui é diferente da forma como se organizam na capital e em qualquer região metropolitana. O que quero dizer é que alguns movimentos acabam sendo deixados de lado”.
Hermenegildo reforçou a importância da abertura do debate: “O governo do estado já está voltando 100% a rede de ensino. Estamos sobrecarregadíssimos de tarefas. Esse é o terceiro período que estamos pagando de forma remota esse ano e os alunos estão extasiados. Nós da Pedagogia, que estudamos essas questões, percebemos que é prejudicial permanecer assim. E a UFRN está de certa forma silenciando com relação a isso”.
Os estudantes argumentam que a maioria da comunidade universitária está vacinada, o ambiente pode ser controlado, com uso de máscaras e distanciamento, com baixo risco, mas que várias questões precisam ser discutidas, como a retomada de benefícios assistenciais que foram cortados com a pandemia.
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