Diante dos efeitos das mudanças climáticas, um estudo realizado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e a Agência de Cooperação Internacional Alemã (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit) mapearam as principais ameaças e seus impactos em 21 portos públicos brasileiros. No levantamento, o Porto de Natal aparece em 4º lugar no ranking de risco para tempestade, ficando atrás apenas dos Portos de Rio-Grande (RS), Aratu-Candeias (BA) e de Cabedelo (PB).
Pelo estudo, publicado no jornal Estadão, os vendavais são a maior ameaça para o setor. Nesse caso, os portos mais ameaçados ficam em Santa Catarina (Imbituba), São Paulo (Santos), Pernambuco (Recife), (Rio Grande) Rio Grande do Sul (Rio Grande), Bahia (Salvador) e no Paraná (Paranaguá). O Porto de Natal aparece em 15º lugar nesse ranking.
O estudo, ainda coloca o Porto de Natal em 17º lugar no ranking de risco para aumento do nível do mar entre os anos de 2030 e 2050. Os portos mais ameaçados por esse tipo de ocorrência, são os de Aratu-Candeias (BA), Rio Grande (RS), Paranaguá (PR), Santos (SP), São Francisco do Sul (SC) e Fortaleza (CE). O Porto de Cabedelo (PB) fica em 10º lugar e Recife (PE), vem logo na sequência, em 11º lugar no ranking.
Com a pesquisa, a proposta é criar políticas públicas para adaptação dessas infraestruturas para que elas se tornem mais resistentes já que, ao atingir regiões portuárias, de acordo com o levantamento, os vendavais podem provocar a paralisação das operações ou fechamento dos portos, por onde passa 95% do comércio realizado pelo Brasil com o exterior. Os portos brasileiros movimentam, anualmente, cerca de R$ 293 bilhões, o equivalente a 14,2% do PIB nacional.
Balança comercial do RN tem alta de 69%
No caso do Rio Grande do Norte, a balança comercial teve alta de 69,4% no período de janeiro a setembro de 2021 em comparação com o mesmo período de 2020. A alta foi puxada pela exportação de óleo diesel, em seguida, vem a venda de melões, tecidos de algodão, peixes e melancia. Os principais destinos são Singapura, Países Baixos (Holanda), Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Colômbia, Itália, Peru e China.
Mas, importações também crescem 69%
Em compensação, apesar na alta das vendas para o exterior, a importação de produtos de outros países também cresceu. A alta foi de 69,9% entre janeiro e setembro deste ano. O maior volume de importação foi, justamente, o de equipamentos para geração de energia eólica, num total de USD 44.9 milhões e USD 8.6 milhões em painéis fotovoltaicos importados da China, que aparece como a principal origem das importações potiguares, segundo dados da Federação das Indústrias do estado do Rio Grande do Norte (Fiern), atualizados em outubro de 2021.
