O cantor, sanfoneiro e paraquedista Waldonys publicou em seu perfil no Instagram, nesta segunda-feira (1º), uma “piada” em que a morte de uma mulher representava a paz do marido. Momentos depois, após receber comentários negativos, o artista apagou a imagem, mas não se desculpou. Ao contrário, fez nova publicação, pedindo “menos amargura”, sem mencionar o episódio.
“Luto”, anunciava o primeiro post. “Hoje o meu querido amigo de longa data e muitas cachaças… José Antônio (Zé Cachaça), depois de muito sofrimento, encontrou a eterna paz… O corpo de sua esposa será velado as 18:00 horas na Capela 1 do Cemitério Municipal…”.
Em um dos comentários, uma fã alertou que aquele tipo de coisa não deve ser considerada brincadeira. “(…)Vivemos em um país que mata mulheres a rodo. O feminicídio é absurdo e grita nas estatísticas e o machismo impera com suas consequências nefastas (…)”, escreveu.
Algumas horas depois, o artista, que tem na rede social 186 mil seguidores, publicou uma imagem sorrindo com a frase “Para quê levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos. (Elbert Hubbard)”.
“O humor toca a filosofia, toca a poesia. Mais humor, mais amor, por favor 🙏🏼 Menos amargura, menos julgamentos. Cada vez que você julga alguém, você revela uma parte sua que precisa ser curada. Nunca economize gentileza, sorrisos e bom humor. O tempo para ser feliz é agora. O lugar para ser feliz é aqui. Beijos no coração 🙏🏼🪗🎤✈️🎶📖”, escreveu na legenda.
No dia anterior, Waldonys havia compartilhado nos stories outra demonstração de machismo, um post do Blog do BG sobre um homem que teria pedido para voltar a uma prisão na Itália para não ficar com a companheira em casa.
Marketing
Em agosto deste ano, Waldonys se tornou embaixador da campanha “Justiça pela Mulher – O Judiciário e Você contra a Violência Doméstica”, promovida pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), com o slogan “Cole essa ideia”, e gravou vídeo em que aparece com o adesivo do logotipo da campanha.
“Não deixe a violência doméstica chegar à sua casa nem na casa de ninguém. Seja violência física, psicológica, moral, sexual ou patrimonial. Nos primeiros sinais, denuncie”, alertava o artista, informando ainda os canais de denúncia: 180 (Central de Atendimento à Mulher) e 190 (polícia).