Petroleiros convocam assembleias em todo Brasil para frear privatização da Petrobras
Seguindo o indicativo do Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP), os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobras estão aprovando “estado de greve” caso o governo Bolsonaro leve adiante a ameaça de apresentação de um projeto de lei para privatização da Petrobras.
As assembleias, à nível nacional, tiveram início esta semana e prosseguem até o dia 21, conforme calendário divulgado pelos sindicatos filiados à FUP. No Rio Grande do Norte, as assembleias deliberativas iniciaram dia 14 e seguem até esta quinta, 16. Os pontos em debate são as mobilizações inseridas no “estado de greve” nacional da categoria petroleira (alertando o governo federal que não encaminhe ao Congresso Nacional o Projeto de Lei para privatização completa da Companhia), e o pedido de uma cobrança de contribuição assistencial, com repasses para a luta dos sindicatos e da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A contribuição assistencial a ser recolhida pelos sindicatos deve custear atividades e mobilizações contra as privatizações no Sistema Petrobras, como o fortalecimento das brigadas petroleiras em Brasília, nos estados e municípios para construir apoios da sociedade civil, e para que o Supremo Tribunal Federal julgue as ações de inconstitucionalidade das vendas de refinarias e outros ativos, que estão sendo feitas sem o aval do poder legislativo federal.
Para o coordenador geral do SINDIPETRO-RN, Ivis Corsino, nesse momento é imprescindível a união da categoria para resistir à forte ofensiva privatista do governo Bolsonaro.
“Precisamos nos preparar para um movimento paredista, caso o Governo Federal tente avançar com a privatização total da empresa. Não só a categoria petroleira, mas também a sociedade civil, devem estar mobilizados e alertas, para defender a Petrobras, e exigir a saída desse governo entreguista, que está vendendo à preço de banana o patrimônio público brasileiro”, destacou Ivis.