DEMOCRACIA

Ezequiel não foi receber Bolsonaro para não ´queimar navios` com Fátima?

Havia uma expectativa entre políticos e jornalistas se o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB) iria a Caicó e Jardim de Piranhas receber o presidente Jair Bolsonaro (PL) que cumpre agenda oficial de 24 horas no Rio Grande do Norte.

A expectativa se justificava diante do lançamento por parte da mídia da pré-candidatura de Ezequiel ao Governo do Estado pela oposição, embora o próprio deputado não tenha assumido a pré-candidatura. Oposição à governadora Fátima Bezerra (PT) leia-se bolsonarismo.

Se Ezequiel, político cerebral e experiente, estivesse na entourage que recepcionou Bolsonaro, posando para fotos, como fez o prefeito de Natal Álvaro Dias, poderia se deduzir que a pré-candidatura dele ao Governo estava em pleno andamento. Mais que isso: Seria uma desfeita a Fátima e um recado que Ezequiel estava ´queimando navios` para retornar à aliança com a governadora, a quem apoiou no segundo turno da eleição para o Governo em 2018.

A assessoria de Ezequiel não divulgou a razão pela qual ele não foi receber Bolsonaro. Na verdade, nem precisaria, pois o presidente da ALRN jamais anunciou ou insinuou ligação com o bolsonarismo. E mesmo após o lançamento da pré-candidatura manteve relação cordial com Fátima e o Governo do Estado. Inclusive na manhã desta quarta-feira, dia 8, Ezequiel presidiu sessão ordinária na Assembleia Legislativa, enquanto parte do mundo político potiguar ciceroneava Bolsonaro pelo Seridó.

Talvez um recado para a governadora e o PT de que não pretende ´queimar navios` (termo que se refere a um ato que impede definitivamente o retorno a algum lugar ou para alguém) para navegar novamente com Fátima na eleição de 2022 caso a pré-candidatura que ele jamais admitiu não vingar.

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