O deputado federal Walter Alves (MDB), que teve o nome especulado como companheiro de chapa de Fátima Bezerra (PT) na tentativa de reeleição desta e na possibilidade de aliança entre PT e MDB, mantém mistério em relação aos rumos da sigla na campanha deste ano.
“O partido está conversando e escutando os prefeitos, lideranças, vereadores, amigos e correligionários para tomar uma decisão sobre as Eleições 2022”, afirmou o deputado à reportagem do Saiba Mais.
Indagado sobre o assunto, Walter manteve a discrição e laconismo que marcam sua trajetória política: “A decisão será anunciada somente em março, não antes disso”.
Para analistas políticos e jornalistas, o MDB avalia o cenário atual tanto do Governo Fátima como da oposição. O partido assistiu em silêncio ao diálogo entre Fátima e o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves, com a possibilidade deste ser o pré-candidato ao Senado.
O silêncio emedebista é compreensível: Walter e o pai dele, ex-senador Garibaldi Alves Filho sabem que com Carlos como candidato ao Senado de Fátima dificilmente o petismo e os demais aliados aceitariam outro membro da família Alves na chapa. Seria Alves demais em um palanque, ainda mais, de Esquerda.
Por outro lado a aliança entre Fátima e MDB e bem vista pelo PT nacional, e se encaixa na estratégia de uma frente ampla imaginada por Lula. O próprio Lula em visita ao Rio Grande do Norte jantou com Walter e Garibaldi e teria “abençoado” Walter como possível vice de Fátima.
Indagado sobre nova rodada de diálogos com a governadora Walter insiste que a prioridade é “conversar com prefeitos e lideranças do MDB”. E, certamente, esperar a movimentação dos demais atores políticos e da situação do primo Carlos Eduardo.