João Maia atrai Robinson para o PL e mantém estratégia arriscada para eleição
Natal, RN 24 de abr 2024

João Maia atrai Robinson para o PL e mantém estratégia arriscada para eleição

10 de março de 2022
3min
João Maia atrai Robinson para o PL e mantém estratégia arriscada para eleição

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Com o anúncio da saída do PSD, o ex-governador Robinson Faria começou imediatamente a ser especulado a dois partidos, o Progressistas (liderado no RN pelo deputado federal Beto Rosado) e no PL, comandado no Rio Grande do Norte pelo deputado federal João Maia. Sobre o PL, a princípio, a troca teria toda a lógica, afinal, Robinson, assim como o filho Fábio Faria, deputado licenciado e hoje ministro das Comunicações, aderiram ao bolsonarismo. O PSD, comandado nacionalmente por Gilberto Kassab, deve apoiar Lula para presidente, enquanto o PL é justamente o partido que abrigou o presidente Jair Bolsonaro.

Robinson conta com a reversão do processo que o deixou inelegível. O julgamento pelo TSE será na terça-feira, dia 15. Se voltar a ser elegível, o ex-governador tentará vaga na Câmara Federal. Entrando no PL, terá outros colegas de partido com chances reais de obter cadeira na Câmara dos Deputados.

Um deles é o próprio João Maia, que tentará reeleição. Eleito em 2018 com boa votação, João sabe que o quociente eleitoral este ano para a faixa de deputado federal será alta, em torno de 220 mil (votos necessários para eleger um deputado) e que precisa de uma nominata forte para atingir este patamar e além disso (440 mil votos, por exemplo, elegeriam dois deputados).

Neste sentido, João Maia também vem costurando a entrada no PL de dois deputados federais que tentarão reeleição: General Girão, que deixou o PSL e Carla Dickson, em rota de saída do PROS. Com a confirmação de Girão e Carla Dickson no partido, a sigla terá três deputados federais. E para manter estes três deputados teria de fazer no mínimo 660 mil votos. Para eleger um quarto deputado, no caso Robinson, caso este tenha menor votação que o trio, precisaria de 880 mil votos no mínimo.

Para registro, João Maia teve 93.505 em 2018. Girão obteve 81.640. Fábio Faria, de quem Robinson espera "herdar" os votos, conseguiu 70.350. Carla Dickson (suplente que ocupa a cadeira do licenciado Fábio) somou 60.590. Esse somatório de votos não conseguiria eleger sequer dois deputados federais na hipótese do quociente de 220 mil. Restaria saber se nesta eleição João Maia teria mais votos que Girão, Carla e Robinson, ou a estratégia dele para viabilizar seu PL serviria para os outros, não para ele próprio.

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