Se dispa!
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18 de março de 2022
3min
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Tire o seu preconceito do caminho que eu quero passar com a minha valorização da dignidade, do respeito e da importância que o ser humano seja quem quer seja, merece ter. Se liberte daquelas atitudes aparentemente despretensiosas, mas que na verdade, são recheadas de elementos nocivos a uma boa e harmoniosa convivência social e que acabam por ferir gravemente a reputação de alguém

Desnude-se! Afaste de perto toda forma que leva aos julgamentos de valores invertidos, ações pré-concebidas e análises sobre pessoas que sequer se conhece, mas, por ouvir dizer e que são jogadas irresponsavelmente no limbo das redes sociais, por exemplo, se tornam vilãs sem sequer saber o porquê e atualmente acabam pagando o alto preço do cancelamento.

A imbecilização da sociedade constatada por Humberto Eco, Doutor Honoris Causa em comunicação e cultura pela universidade de Turim, nos traz a luz da reflexão, constatações de que cada vez mais, a sociedade atual adoece e, aos poucos, vai revelando nuances sombrias da psiquê humana, fazendo com que percamos a capacidade de nos relacionarmos sem os corriqueiros embates pela supremacia da verdade, pela verdade absoluta.

Tudo isso nos tem levado a uma espécie de letargia cognitiva, misturado com a necessidade de se autoafirmar diante do universo digital e causar sensação como seres supremos perante os nossos pares. O julgamento social é um dos terríveis males que aflige esse ainda incipiente terceiro milênio. A arrogância, assim como a falta de empatia e o desprezo pelas pessoas de uma maneira geral ganharam proporções avassaladoras, provocando um sentimento geral de desesperança e muitas vezes, provocando rupturas indeléveis nas relações interpessoais.

Não à toa, vimos assistindo a um crescimento espantoso de suicídios, ao aumento exponencial de casos de depressão e tantos outros males psicológicos pouco contabilizados nas estatísticas das organizações de saúde. Imagino, sinceramente, que todas essas questões poderiam estar fora do debate atual, caso as pessoas se voltassem de verdade para as suas próprias necessidades de forma a deixar de lado aquilo que realmente não nos interessa.

As pessoas buscam os templos religiosos como salvaguarda de suas incoerências, se agarram as divindades como verdadeiras tábuas de salvação, esquecendo que o céu e o inferno existem mesmo é dentro de cada um de nós.

Se dispa da hipocrisia disfarçada de boas ações. Tire a máscara e se revele. Não nos deixemos ser conduzidos pelo calor da ocasião, nem muito menos pelas falsas premissas de que a minha verdade é absolutamente melhor e maior do que a sua. É mais uma provocação que faço sem qualquer anseio de ser o dono da verdade. Pensemos nisso, já que esse é um exercício salutar para a boa convivência entre nós, pobres e simples mortais. Afinal, essa é a constatação.

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