Senador Jean Paul Prates sugere fusão da Petrobras com Eletrobras
Natal, RN 28 de mar 2024

Senador Jean Paul Prates sugere fusão da Petrobras com Eletrobras

29 de março de 2022
3min
Senador Jean Paul Prates sugere fusão da Petrobras com Eletrobras

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O senador Jean Paul Prates (PT) nesta terça-feira, 29, no Plenário do Senado, sugeriu uma fusão entre  a Petrobras e a Eletrobras, que são duas das maiores empresas controladas pelo governo. “Tenho consciência que o futuro deve nos encaminhar para fusão de ambas em uma única empresa de energia em sentido amplo, que potencialize a tecnologia de energias sustentáveis, com uso dos recursos vindos da exploração do petróleo, de forma a substituir as fontes fósseis por renováveis” afirmou.

Jean Paul defende um modelo integrado, com a participação das duas empresas, que seja uma "espinha dorsal da atividade energética no país, em sinergia e parceria com a iniciativa privada”. Para ele, "é preciso discutir seriamente o papel da Petrobras e da Eletrobras e como alterar sua configuração para melhor servir aos interesses do Brasil, com transparência e atendimento às regras de responsabilidade ambiental, social e governança”.

"Quem defende a Petrobras fragmentada e descapacitada, limitada a poucas atividades extrativas restritas ao sudeste, ignora todo esse potencial. A liquidação apressada de ativos estratégicos para financiar dividendos polpudos acaba por sabotar o esforço de transição energética”, acrescentou o senador, que também criticou a recente demissão do presidente da Petrobras, Joaquim Luna e Silva, como mais um capítulo na confusão de interesses na empresa que não solucionará as consequências ruins de sua atuação à sociedade. “O problema não reside em quem dirige a Petrobras, mas na política de combustíveis, na qual o governo não quer mexer”, disse.

A ausência de planejamento estatal aliada a decisões políticas equivocadas  têm, na opinião do Senador, esvaziado o papel social e regulador da Petrobras. Ele defende que o Estado utilize mecanismos de gestão e planejamento setorial energético, mantendo-se dirigente e controlador do setor de energia, que ele considera o “sangue da economia”.

ELETROBRAS

Jean Paul também criticou os esforços do governo federal para vender ações da Eletrobras, de forma a perder o controle acionário da chamada “holding das holdings”. Ele lembra a importância da empresa na garantia  da segurança energética brasileira e na inclusão de milhões de brasileiros, com o acesso à energia elétrica. A Eletrobras ainda atua como agente de regulação de mercado, no sentido de baixar os preços da energia dos novos empreendimentos e de evitar a formação de cartéis privados. "Vende-se a infraestrutura de hoje, sem considerar o potencial aumento de geração de receita, com a modernização das estruturas existentes, ou as possibilidades de geração de outras formas de energia renovável nos mesmos espaços. É mais um erro, fruto de lamentável equívoco dogmático, que pune e punirá os consumidores brasileiros por décadas futuras”, explicou.

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