A oposição e Fátima: entre o desespero e a consternação
Natal, RN 25 de abr 2024

A oposição e Fátima: entre o desespero e a consternação

28 de abril de 2022
3min
A oposição e Fátima: entre o desespero e a consternação

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Na falta de um tema relevante que atinja o governo de Fátima Bezerra, o parlapatão Kelps Lima mantém sua ridícula cruzada contra o Consórcio Nordeste. É uma das inúmeras tentativas, até agora fracassadas, de enfraquecer Fátima e fortalecer o candidato de proveta, Fábio Dantas, produzido no laboratório bolsonarista de Rogério Marinho.

A oposição no RN é hoje um rescaldo raquítico das grandes lideranças de outrora. Não tem um líder que atraia grande quantidade de prefeitos, vereadores e lideranças locais. A “grande liderança”, até o momento é a “dinheirama” e a promessa de que se o Mandrião for reeleito, os cooptados viverão com mel e uvas. Ocorre que qualquer político (com “p” bem minúsculo) sabe que o cenário do futuro não tem nada a ver com os que prometem céus e terra.

A “solução” Fábio Dantas tenta, portanto, estabelecer essa coesão, embora o foco continue a ser a eleição, para o Senado, do líder bolsonarista local, Marinho, que aliás parece ser o objetivo central dele, parecendo utilizar a candidatura de Dantas como uma bucha de canhão para fustigar Fátima e atingir indiretamente a candidatura de Carlos Eduardo ao Senado, que anda sendo atormentada por setores que estão, inclusive, dentro do partido hegemônico.

Enquanto o governo comemora os indicadores conseguidos nos seus três anos de governo e consolida uma aliança eleitoral com o MDB, escanteando seu tradicional aliado, o PCdoB, condenado por não ter o “suporte de votos” que a legenda emedebista de fato tem, a oposição cambaleia. Fátima, instada pelo PT nacional a fazer aliança com os Alves (Garibaldi Filho), ainda donos do MDB, aparece, em todas as pesquisas, como a candidata mais forte.

É claro que pesquisas eleitorais não são eleição, mas quando o conjunto das pesquisas mostram uma tendência de momento, é verdade, o cenário provável se mostra como um pesadelo para essa oposição que se mostra a cada momento, pequena e rasteira, dado que não apresenta nenhuma proposta para o desenvolvimento futuro do RN, se limitando a dizer que Fátima “governa para o PT”, afirmação tão tosca que não resiste há dez minutos de leitura das dezenas de números do governo atual.

Parece que, afastado seu parceiro histórico, o papel do PT é o de montar o suporte legislativo da governadora, e aí a coisa se complica, posto que se na eleição majoritária os feitos do governo são mais concretos aos olhos da população, nas eleições para o parlamento as decisões de voto às vezes beiram ao ridículo.

Fátima não terá maioria, e isso é fato, pelo menos em termos partidários, já que não será possível eleger 13 dos 24 deputados, e isso exigirá um conjunto de articulações, complexas e muitas vezes contraditórias para dar a governadora uma base de sustentação sólida, que não a obrigue fazer concessões profundas.

É evidente que aliar-se ao MDB terá seu preço e quando as urnas mostrarem o tamanho do legislativo veremos se a escolha foi correta. Aliás, a aliança tem 2024 e 2026 como horizonte, mas isso é futuro e, como dizem os cristãos, a Deus pertence.

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