Estratégia de Agripino para chegar à Câmara Federal pode ser “tiro no próprio pé”
Natal, RN 28 de mar 2024

Estratégia de Agripino para chegar à Câmara Federal pode ser "tiro no próprio pé"

8 de abril de 2022
2min
Estratégia de Agripino para chegar à Câmara Federal pode ser

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O ex-senador José Agripino Maia, hoje presidente estadual do recém-criado União Brasil (fusão dos antigos DEM e PSL) sonha em voltar a Brasília, mais exatamente à Câmara Federal, para onde tentou ser eleito em 2018, mas sem êxito, ficando na primeira suplência.

Na estratégia montada para em 2022 conseguir ser eleito deputado federal, Agripino tem como trunfo uma nominata com nomes eleitoralmente já testados e fortes. Entre estes, dois deputados federais, Benes Leocádio e Carla Dickson. Outro nome de peso é o do presidente da Câmara Municipal de Natal, Paulinho Freire.

A questão é que embora seja o nome mais conhecido e com maior peso político da nominata, Agripino pode não ser o mais votado. E apesar do otimismo já assumido em entrevistas de que o partido pode fazer dois ou três federais, com o quociente eleitoral estimado em 220 mil (votos necessários para eleger uma cadeira) Agripino sabe que o União Brasil pode acabar elegendo apenas um deputado.

Em 2018 Benes Leocádio foi o federal mais votado com 125.841 votos. Agripino teve metade disso, 64.678 votos. Carla Dickson teve apenas 4 mil a menos que o ex-senador: 60.590 votos. Se por um lado Benes não deverá repetir a votação, devido a desgastes políticos e nas bases, Carla pode ter uma votação bem superior a de quatro anos atrás, graças à visibilidade e á manutenção do mandato até o fim de 2022 já que o deputado titular, Fábio Faria, já declarou que continuará ministro até o último dia de governo Jair Bolsonaro.

Portanto, a conta de José Agripino passa por um cenário onde ele, que está sem mandato há quatro anos, tenha mais votos que Benes e Carla. E que o União Brasil consiga mais de 400 mil votos para fazer duas cadeiras. Nesta matemática, a estratégia eleitoral dele pode se tornar ao fim da apuração um "tiro no pé", como diz o ditado popular.

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