​Prioridade eleitoral: derrotar o fascismo
Natal, RN 28 de mar 2024

​Prioridade eleitoral: derrotar o fascismo

12 de abril de 2022
3min
​Prioridade eleitoral: derrotar o fascismo

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Leio com alegria que PT e PSB marcaram para 7 de maio o lançamento oficial da chapa Lula/Alckmin para disputar as eleições deste ano. Defendi e defendo a formação da tão falada "frente ampla" e eis aqui ela acontecendo diante de nossos olhos.

Para mim, nenhuma surpresa quanto ao companheiro de chapa de Lula. Nos dois mandatos presidenciais, o petista teve como vice, José Alencar, um mega empresário conservador. Na chapa com Dilma Rousseff tivemos Temer, mas aí deu tudo errado, é uma outra história. O fato é que seria de se esperar que Lula, gênio político, construiria uma chapa que lhe permitisse ir além das bolhas de esquerda e também a governabilidade numa eventual e esperada vitória e posse.

Enfim, é política que chama, como dizem. E isso Lula sabe fazer como ninguém.

Daí meu espanto em perceber que parte da militância progressista vem se revoltando com Geraldo Alckmin como vice. Uma militância que parece não entender o que está acontecendo, como Lula e a cúpula do PT sabem. Vivemos atualmente sob um governo assumidamente fascista que flerta a todo momento com um golpe de estado. A prioridade é derrotar esse governo, até porque a reeleição de Bolsonaro pavimentaria o cenário político para o autoritarismo que eles desejam.

Como Marcelo Freixo falou recentemente, não é uma disputa política, é civilização contra barbárie.

Por mais defeitos que tenha (e tem muitos além de manchas no passado como gestor) Alckmin joga no time da civilização. Democrata, aceitou a derrota para Lula na eleição presidencial de 2006. Quando governador de São Paulo convivia pacificamente com os governos Lula e Dilma, respeitando as instituições.

Tanto Lula como Alckmin entendem que o momento é de exceção. Falta a parte "romântica" da militância entender isso. Ou esses ativistas em meio à luta contra o nazismo na segunda guerra iriam ser contra o encontro de Stalin, Churchill e Roosevelt em Yalta ​para o plano de vencer Hitler?

A prioridade é derrotar Bolsonaro e o seu projeto de fascismo á brasileira. Ponto. Sem "mas". Sem pedir a ficha de quem está nas trincheiras contra o fascismo. Vamos ajudar a eleger Lula e seu vice Alckmin. Criticar quem combate o fascismo, na atual conjuntura, é ajudar o bolsonarismo. Em 2023, com Lula presidente a gente volta a discutir política. Por ora, lutemos contra a barbárie.

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