Deputado Girão tenta intimidar parlamentar do PSOL, que reage: “Está com medo, general?”
Natal, RN 19 de abr 2024

Deputado Girão tenta intimidar parlamentar do PSOL, que reage: "Está com medo, general?"

13 de maio de 2022
2min
Deputado Girão tenta intimidar parlamentar do PSOL, que reage:

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Durante reunião na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional na Câmara dos Deputados, foi registrada nesta quinta-feira, 12, uma áspera discussão entre o deputado federal pelo RN General Eliéser Girão (PL) e o deputado federal Glauber Braga (PSOL). O tema debatido era a lei 13.954 que trata da reestruturação das carreiras dos militares com o intuito de reparar os erros cometidos contra algumas categorias, como pensionistas, militares dos quadros especiais e suboficiais na reserva remunerada.

No debate entre os parlamentares, Glauber cobrou o cumprimento de promessa feita pelo Governo Bolsonaro de que iria rediscutir a reestruturação. Girão começou a defender o governo e reclamou das críticas feitas ao presidente, fugindo do debate em questão sobre a lei. O deputado do PSOL propôs um desafio a Girão, sugerindo uma audiência pública aberta onde graduados pudessem discutir com os generais questões importantes no que diz respeito aos seus salários. Girão não gostou e reagiu violentamente, levantando-se e andando de dedo em riste na direção de Glauber.

"“Eu fiz uma proposta concreta, o senhor aceita ou não aceita… está com medo, general…” reagiu Glauber á intimidação do deputado general. Deputados que comandavam a mesa pediram que Girão retornasse à sua cadeira e aos poucos o debate sobre a lei e o papel do Governo Federal foi retornado.

Nas redes sociais, Glauber divulgou imagens e vídeos da tentativa de intimidação de Girão, que teve repercussão negativa.

SOBRE A LEI

A lei 13.954 de 2019 é a norma mais polêmica que envolve os militares nos últimos anos. Foi elaborada ainda no governo Dilma Rousseff, e como projeto foi apresentado no primeiro ano do governo Bolsonaro pelo então ministro Fernando Azevedo, demitido logo depois por Bolsonaro. A norma é considerada por muitos militares uma espécie de “sabotagem legal” que acabou dividindo as Forças Armadas ao conceder maiores vantagens para oficiais generais e algumas poucas categorias na ativa, esquecendo principalmente da tropa na reserva e pensionistas.

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