Desistência de Dória de candidatura a presidente pode “obrigar” Ezequiel a apoiar Lula ou Bolsonaro
Natal, RN 28 de mar 2024

Desistência de Dória de candidatura a presidente pode "obrigar" Ezequiel a apoiar Lula ou Bolsonaro

25 de maio de 2022
2min
Desistência de Dória de candidatura a presidente pode

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O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou na segunda-feira, 23, desistência de sua pré-candidatura a presidente da República. O tucano apresentava resultado pífio nas pesquisas de intenção de voto, entre 2% e 4% e também resistências internas no PSDB e de partidos da chamada "terceira via". Embora sua pontuação fosse baixa, sua saída da disputa terá impacto nas campanhas de políticos do partido nos estados, incluindo no Rio Grande do Norte.

Para quase todos os deputados estaduais do PSDB, 12 ao todo, metade da composição da Assembleia Legislativa, a desistência de Dória foi um alívio. Para muitos, embora não externassem publicamente, "colar" nomes e imagens durante a campanha a um candidato de pouca aceitação e rejeição alta como Dória não seria uma boa estratégia. Sem o ex-governador de São Paulo na campanha e sem a certeza se o PSDB vai lançar Eduardo Leite ou apoiar Simone Tebet (MDB), os deputados ficarão à vontade para apoiar candidatos de peso eleitoral como Lula (PT) ou o presidente Jair Bolsonaro (PSDB).

Mas se os parlamentares estão aliviados em começarem a campanha sem Dória, o mesmo não pode se dizer do líder do PSDB e presidente da ALRN, Ezequiel Ferreira de Souza. Político discreto e de poucas palavras, que é aliado da governadora Fátima Bezerra (PT) mas até pouco tempo estava sendo especulado como possível candidato ao Governo pela oposição, Ezequiel tinha na pré-candidatura de João Dória um álibi político para não "se comprometer" com nenhum palanque em uma eleição polarizada.

Na eventualidade do PSDB não lançar a candidatura de Eduardo Leite e ficar sem candidato a presidente, o que não acontece desde que o partido foi criado, Ezequiel será pressionado para apoiar as candidaturas de Lula ou de Bolsonaro. Como aliado de Fátima, inclusive tendo cargos no governo, será instado a subir no palanque quando Lula estiver no Rio Grande. Mas, certamente também será convidado por Rogério Marinho (PL) ex-ministro e pré-candidato ao Senado, para aderir à campanha bolsonarista, que tem Fábio Dantas (Solidariedade). Ezequiel e Fábio foram colegas de ALRN, quando o segundo foi deputado, entre 2011 e 2014.

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